Notícia

Global

Grupo internacional decodifica o genoma do feijão meso-americano

Um grupo de cientistas da Argentina, Brasil, México, e Espanha, através do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED) decodificou o genoma do feijão mesoamericano comum (Phaseolus vulgaris).

A equipe PhasibeAm selecionou uma linha especifica de (BAT93) para sequenciamento genômico, que está estreitamente relacionado com as variedades comercialmente cultivadas. O grupo estabeleceu uma plataforma tecnológica robusta, concluindo com o sequenciamento e montagem de 620 milhões de pares de bases. Um total de 30,491 genes foram identificados no genoma e os cientistas também analisaram os seus padrões de expressão. Eles observaram e determinaram eventos cruciais durante a evolução que moldaram a planta do feijão como é conhecida hoje.

Roderic Guigó, coordenador do programa de bio-informática e genômica de Barcelona, na Espanha, disse, "A sequência do genoma do feijão, tanto a variedade andina, sequenciada previamente, e a mesoamericana, irão, entre outros, definitivamente contribuir para identificar genes envolvidos na resistência de doenças, tolerância à seca e a salinidade, fixação de nitrogênio, formação de células reprodutivas e qualidade de sementes."

A segunda fase do projeto irá envolver o sequenciamento de pelo menos uma dúzia de outras variedades de feijão e alguns do seus parentes próximos para identificar genes relacionados com a domesticação.

Para maiores detalhes, leia o comunicado de imprensa do site do Centre for Genomic Regulation.


Supressão do desenvolvimento: oposição aos ogms está prejudicando os países em desenvolvimento

Um estudo recente publicado pela Fundação de Informação em Tecnologia e Inovação (ITIF) de autoria de Val Giddings, Robert D. Atkinson, e John Wu revela o quanto a oposição aos organismos geneticamente modificados (OGMs) dói nas nações em desenvolvimento.

De acordo com o relatório, campanhas contra os OGMs oriundas principalmente da Europa, criaram obstáculos significativos para a adoção e desenvolvimento de cultivos geneticamente modificados. Os autores enfatizaram que o clima restritivo para inovações de biotecnologias agrícolas pode custar as nações de baixa e média renda até um 1,5 trilhão de dólares americanos em benefícios econômicos não recebidos até 2050.

Oponentes da biotecnologia agrícola têm argumentado que OGMs beneficiariam unicamente os países industrializados, e que pressionariam os agricultores de países em desenvolvimento para fora do mercado. Os autores concluíram que esses grupos estavam enganados. Experiência e os dados acumulados mostram que cultivos melhorados através de biotecnologia oferecem significativos benefícios para os agricultores. De fato, sementes melhoradas por biotecnologia são mais importantes para os agricultores em países em desenvolvimento do que para os de países desenvolvidos. Isto porque, os primeiros, agricultores de países em desenvolvimento, tem menor capacidade e acesso a outras inovações que incrementam a produtividade (por exemplo, tratores modernos, etc.), mas eles podem pagar por sementes melhoradas. Esse é o motivo que produtores em países em desenvolvimento plantam mais sementes melhoradas por biotecnologia que os de países industrializados, apesar de esforços massivos de grupos europeus para desencorajá-los.

Para maiores detalhes, leia o resumo ou o relatório na íntegra que pode ser baixado do website do ITIF.


Novas abordagens são necessárias para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável

O diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva pediu aos ministérios governamentais e agências internacionais para romper silos tradicionais e abraçar abordagens mais criativas para enfrentar os desafios atuais de desenvolvimento contidos nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Falando no fórum para o Futuro da Agricultura em Bruxelas, o diretor da FAO repetiu que os objetivos de desenvolvimento sustentável estão interligados e exigem novas combinações de políticas, programas, parcerias e investimentos para alcançar os objetivos comuns e produzir os bens públicos mais necessários. Ele também ressaltou a necessidade de utilizar um amplo portfolio de ferramentas e abordagens, inclusive agroecologia e biotecnologia para erradicar a fome, lutar contra toda forma de desnutrição e alcançar uma agricultura sustentável. Essas ferramentas devem servir as necessidades dos membros de famílias, cuja capacitação deve ser a parte central das intervenções para desenvolvimento sustentável, bem como os 80% de pessoas que vivem em pobreza extrema e desnutrição em áreas rurais.

"É essencial investir e criar novos produtos, tecnologias, processos e modelos de negócios mais amigáveis para apoiá-los e melhorar a capacidade de resistência e maior produção de maneira sustentável” disse o diretor geral.

O artigo original pode ser encontrado no website da FAO Desenvolvimento Sustentável.


Estudo sugere que o impacto das mudanças climáticas na agricultura é subestimado

Como as mudanças climáticas podem afetar o suprimento de alimentos para a população mundial crescente é uma questão de importância crucial. Um novo estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Brown e de Tufts sugere que pesquisadores tem esquecido de considerar como dois fatores humanos essenciais as respostas das mudanças climáticas irão afetar na produção no futuro, estes fatores são: qual o tamanho da área as pessoas escolhem para trabalhar na agricultura, e o número de cultivos eles plantam.

O estudo enfocou o estado brasileiro do Mato Grosso, um celeiro mundial emergente, que a partir de 2013 forneceu 10% da soja mundial. Os pesquisadores analisaram não apenas a produtividade do cultivo, mas também a variação ano-pós-ano na área de cultivo e colheitas duplas. O grupo coletou imagens da região de Mato Grosso do satélite MODIS da NASA, que monitora o uso do solo no mundo. Eles descobriram que área plantada é identificada como áreas que se tornam verdes durante a estação de plantio e rapidamente se tornam marrom após a colheita. Duas aparições de verde na mesma temporada de crescimento indicam que a área está sendo utilizada para cultivo duplo.

O estudo mostrou que um aumento de 1 grau Celsius foi associado tanto com um decréscimo substancial da área plantada como no cultivo duplo. Essas reduções foram responsáveis por 70% da perda total na produção encontrada no estudo. E apenas os restantes 30% foram atribuídos a produtividade do cultivo.

Para maiores informações, leia o comunicado de imprensa da Universidade de Brown.

Américas

Cientistas desenvolvem citrus geneticamente modificado expressando antocianina

Cientistas do Centro de pesquisas e educação na Universidade da Florida modificaram geneticamente um limão contendo fatores genéticos similares aos expressados na pele de uva e polpa de laranja vermelha ou laranja sanguínea. Esses limões mexicanos modificados tem uma proteína que induz a biossínteses de antocianina, fazendo com que desenvolvam uma variedade de cores na polpa que vai do roxo escura à fúcsia.

Manjul dutt, um cientista da área de horticultura, disse que “antocianinas são bioflavonóides benéficos com diversas funções no bem-estar humano. Numerosos estudos farmacológicos indicam que o seu consumo implicou na prevenção de vários problemas de saúde como obesidade e diabetes."

Os novos limões foram desenvolvidos utilizando genes da uva vermelha rubi sem sementes e laranja vermelha variedade “moro”. Pesquisas na utilização desses genes foi conduzida inicialmente para desenvolver uma alternativa de sistema derivado de plantas mais favorável ao consumidor. Eles são o primeiro passo para agricultores na Flórida cultivarem laranjas vermelhas ou sanguíneas e, possivelmente um novo cultivar de toranja. Além de alterar a cor da fruta, a introdução de antocianinas também altera a cor das folhas, caules e flores e podem levar também ao desenvolvimento de plantas cítricas ornamentais.

Para maiores informações, leia o comunicado da Universidade da Florida nos Estados Unidos.


Novo estudo revela que se ogms fossem eliminados causariam um alto custo para o meio ambiente e economias

O que aconteceria se cultivos geneticamente modificados (GM) fossem proibidos da agricultura nos Estados Unidos?

Um estudo da Universidade de Purdue pelos professores de economia agrícola Wally Tyner, James e Lois Ackerman; o professor associado de pesquisas de economia agrícola Farzad Taheripour; e o estudante de graduação de economia agrícola Harry Mahaffey, apresentaram perdas significativas no rendimento do cultivo e outros efeitos econômicos caso os OGMs fossem proibidos nos Estados Unidos.

Os economistas reuniram dados e descobriram que 18 milhões de produtores em 28 países plantaram 181 milhões de hectares de cultivos GM em 2014, e cerca de 40% destes foram nos Estados Unidos. Eles alimentaram com os dados o modelo desenvolvido pela Purdue, gtapbio, para examinar as consequências econômicas das mudanças políticas agrícolas, de energia, comércio e ambiental.

O modelo mostrou que se todos os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) fossem eliminados nos Estados Unidos, o rendimento do milho cairia uma média de 11,2%, soja perderia 5,2% do seu rendimento, e algodão 18,6%. Isto equivale a cerca de 102.000 hectares de florestas e pastos nos Estados Unidos teriam que ser convertidos em lavouras e 1,1 milhão de hectares a nível global considerando o caso médio. Emissões de gases com efeito estufa aumentariam significativamente, uma vez que maiores áreas seriam necessárias para a produção agrícola, e os preços das commodities subiriam de 1 – 2 % ou de 14 bilhões a 24 bilhões por ano. De acordo com o estudo, devido aos menores rendimentos dos cultivos na falta de OGMs, o preço do milho subiria até 28% e da soja até 22%.

Para maiores detalhes sobre esse estudo, leia o comunicado de imprensa das notícias agrícolas da Universidade de Purdue.


Departamento de agricultura dos estados unidos (usda) deregulamenta 2 linhas de milho produzidas por engenharia genética

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS) anunciaram a desregulamentação de duas linhas de milho melhorados por meio de engenharia genética no dia 23 de março de 2016.

A primeira linha foi desenvolvida pela Syngenta tanto conferindo resistência a insetos como ao herbicida glufosinato de amônia. APHIS está estendendo a desregulamentação para essa linha baseada na similaridade com uma linha de milho que havia sido desregulamentada previamente. A segunda linha foi desenvolvida pela Monsanto para resistência aos herbicidas dicamba e glufosinato.

O documentos finais sobre essas desregulamentações, estão disponíveis no website da USDA – APHIS

Ásia e Pacifico

Governo filipino aprova regulamentaçōes revisadas sobre modificaçōes genéticas

A Circular do Departamento de Articulação (JDC) intitulada regras e regulamentos para pesquisa e desenvolvimento, manuseio e uso, movimento transfronteiriço, liberação ao ambiente, e gerenciamento de plantas geneticamente modificadas e produtos vegetais derivados do uso de biotecnologia moderna finalmente foi aprovado pelas secretarias dos departamentos de Agricultura (DA), Ciência e Tecnologia (DOST), Ambiente e Recursos Naturais (DENR), Saúde (DOH), e do Governo Interior e Local (DILG) em 7 de março de 2016. O JDC foi redigido em resposta a anulação da ordem administrativa no.8 da DA pela corte suprema em 8 de dezembro de 2015. Este foi o produto de cinco consultas multi-setoriais públicas realizadas pelo Comitê Nacional de Biossegurança das Filipinas (NCBP) entre janeiro-fevereiro de 2016 nas cidades de Cagayan, de Oro, Cebu e Quezon, onde grupos de interesse dos setores acadêmicos, agricultores, indústria e organizações da sociedade civil participaram. Comentários de interessados também foram solicitados através do website do NCBP.

Com esse avanço espera-se suspender a proibição temporária nas pesquisas, testes de campo, comercialização e de cultivos GM e produtos biotecnológicos no país provocada pela decisão da corte suprema que foi recebida com críticas da comunidade científica e acadêmica, de grupos de produtores agrícolas, comerciantes, processadores de alimentos e rações, e produtores de pecuária bem como fazendeiros desapontados que estavam ansiosos por sementes GM de melhor qualidade, especialmente a berinjela Bt, resistente a insetos, cujos testes de campo haviam sido pelo tribunal superior. De acordo com estudos de economia, a berinjela Bt pode trazer benefícios socioeconômicos significativos tanto para os agricultores como para os consumidores como a redução do uso de pesticidas químicos. Espera-se que venha beneficiar bastante as principais províncias produtoras de berinjela como Pangasinan, que tem alta pressão de pragas de insetos alvos do Bt, a broca da fruta e talo.

O JDC pode ser baixado do website do NCBP. Para maiores informações sobre as evoluções agro-biotecnológicas nas Filipinas, visite o website do Centro Regional do Sudeste Asiático para o estudo graduado e pesquisas em agricultura - Centro de Informação em Biotecnologia (SEARCA BIC).


O escritório regulador de tecnologia genética da austrália autorizou a liberação comercial de canola gm resistente a herbicida

O Escritório Regulador de Tecnologia Genética da Austrália (OGTR – Office of the Gene Technology Regulator) emitiu licença em resposta a aplicação da Bayer DIR 138, autorizando a utilização comercial da canola geneticamente modificada (GM) com tolerância a herbicida dupla e para facilitar a produção do OGM. A liberação foi autorizada para ter efeito em toda Austrália. A canola GM e derivados desta podem entrar no comércio geral, incluindo uso em alimento humano e rações animais. A agência Padrões de Alimentos Austrália - Nova Zelândia (FSANZ - Food Standards Australia New Zealand) aprovou o uso dessa canola GM e derivados em alimentos.

A decisão para liberação foi feita após consulta a Avaliação de Risco e Plano de Gestão de Risco (RARMP) com o público, governos estaduais e territoriais, agências do governo australiano, o Ministério para o Meio Ambiente, o Comitê Técnico Consultivo de Tecnologia Genética e os conselhos locais, como exigido pela Lei de Tecnologia Genética de 2000 e a legislação do Estado e Território correspondente.

A Avaliação de Risco e Plano de Gestão de Risco (RARMP) final, bem como o seu resumo, um conjunto de Perguntas e Respostas sobre essa decisão, e a cópia da licença estão disponíveis pela internet na página do DIR 138 do website da OTGR

Europa

Novo projeto da união europeia foca nos cultivos importantes para a segurança alimentar e bio-economia

Um novo projeto grande da União Europeia visa medir cultivos e suas respostas as mudanças ambientais. A fenômica multi-ambiental de cultivos e simulação de infra-estrutura, ou EMPHASIS, é parte do novo foro guia de Estratégias Europeias para Pesquisas de Infra-estruturas (ESFRI), no qual países membros do fórum ESFRI coordenam estratégias de pesquisa na Europa.

O projeto visa a criação de uma rede europeia integrada de infra-estruturas únicas para fenotipagem e melhoramento de plantas, e irá enfocar nos cultivos importantes para segurança alimentar e bio-economia, com o objetivo de acelerar e aprimorar o desenvolvimento de novas variedades. Plataformas nacionais de fenotipagem de plantas, como a Rede Alemã de Fenotipagem de Plantas (DPPN) e a Rede Francesa de Fenotipagem de Plantas PENOME (FPPN) serão conectadas através do, EMPHASIS com instituições na Bélgica, Grã-Bretanha e outros países europeus.

EMPHASIS será implementada em 2018, e o Centro de Pesquisas Jülich irá coordenar com estreita cooperação com parceiros na França.

Maiores detalhes, podem ser encontrados no comunicado de imprensa no website do Centro de Pesquisas Jülich.

Pesquisa

Cientistas descobrem micróbios que usam hormonios vegetais para proteger plantas

Pesquisadores do Departamento de Ciências de Plantas e Ambiente da Universidade de Copenhague mostraram, pela primeira vez, que a produção de hormônio vegetal por um micróbio benéfico está protegendo a planta de um micróbio patogênico, induzindo resistência.

Micróbios vegetais benéficos mediam o bio-controle de doenças, interferindo com os patógenos ou através do fortalecimento do hospedeiro, mas a produção de hormônios vegetais, inclusive citoquininas, nunca havia sido considerado um mecanismo de controle biológico anteriormente. O grupo de pesquisadores agora identificaram um mecanismo novo de como a produção bacterial de citoquinina contribui para a sua habilidade de controlar doenças em plantas.

Segundo, o Dominik Kilian Grosskinsky, do Departamento de Ciências de Plantas e Ambiente, eles identificaram a habilidade de uma bactéria controlar eficazmente a infecção patogênica através da produção de citoquinina numa planta modelo, permitindo com que a planta mantivesse a integridade do tecido e em última instância o rendimento da biomassa. O grupo também mostrou uma relação estreita entre os hormônios estimuladores de crescimento das plantas na regulação do metabolismo de carboidratos, e eles relacionaram a descoberta com a atividade microbiológica de “ilhas verdes” em folhas no outono.

Maiores detalhes disponíveis no website da Universidade de Copenhague

Lembretes de Documentos

Veja o vídeo: questões e desafios em biotecnologia agrária

Uma coleção de pontos de vista e experiências pessoais de cientistas eminentes, reguladores e comunicadores de 11 países, lidando com várias questões e desafios na adoção e aceitação de biotecnologia e cultivos biotecnológicos.


Vozes e visões: porque biotecnologia?

Sumário 50 da ISAAA é uma coleção de redações pessoais de 32 indivíduos de diferentes partes do mundo que tem acompanhado o desenvolvimento da biotecnologia e estão convencidos que está tem um papel significante na melhora da qualidade de vida.

Se conoscete colleghi o persone che vogliono ricevere questa newsletter è sufficiente far inviare un messaggio e-mail senza oggetto all’indirizzo knowledge.center@isaaa.org indicando nel testo la frase: “SUBSCRIBE Crop Biotech Network”

Per non ricevere più questa newsletter inviate un messaggio e-mail all’indirizzo  knowledge.center@isaaa.org indicando come oggetto "unsubscribe newsletter".

Sul sito CropBiotech Net (http://www.isaaa.org/kc) trovate le edizioni precedenti di questa newsletter e una ricca documentazione sulle agrobiotecnologie.

Non esitate a contattarci facendoci pervenire i vostri commenti e le vostre opinioni sui prodotti biotech o sulle tematiche correlate inviando un messaggio e-mail all’indirizzo knowledge.center@isaaa.org