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ISAAA em 2017

ISAAA em 2017: Relatório das Realizações. O relatório destaca os programas implementados pela ISAAA através do Centro Global de Conhecimentos em Biotecnologia de Cultivos e seus centros regionais, SEAsiaCenter e AfriCenter. Abaixe uma cópia agora


Alta Adoção de Cultivos Biotecnológicos em 2016

Em 2016, a área de cultivos biotecnológicos alcançou 185.1 milhões de hectares, segundo uma publicação de pesquisa de autoria dos Drs. Rhodora Aldemtia e Randy Hautea do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agro-biotecnologia (International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications - ISAAA). Os resultados do estudo foram publicados no dia 2 de fevereiro de 2018 na revista científica GM Crops and Food.

Segundo a publicação, 26 países plantaram cultivos biotecnológicos em 2016, e destes 19 são países em desenvolvimento. As plantações de cultivos biotecnológicos aumentaram em vários países, inclusive no Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, África do Sul, Austrália, Bolívia, Filipinas, Espanha, Vietnam, Bangladesh, Colômbia, Honduras, Chile, Sudão, Eslováquia, e Costa Rica. E houve um decréscimo relatado na China, Índia, Argentina, Paraguai, Uruguai, México, Portugal e República Tcheca. As mudanças significativas na área plantada foram atribuídas a vários fatores, como aceitação e comercialização de novos produtos, demanda por carne e rações para pecuária, condições climáticas, preço do mercado global, diminuição da pressão por pestes, e políticas governamentais apropriadas.

Leia o resumo no GM Crops and Food.


Tomates Resistentes as Pragas Desenvolvidos por Engenharia Genética

Um estudo conduzido pelo Plant Molecular and Cellular Biology Institute - IBMCP (Instituto de Biologia Celular e Molecular Vegetal), uma joint venture da Universitat Politècnica de València e do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (CSIC), revela como foi melhorada a resistência do tomateiro contra a praga de insetos Tuta absoluta.

Aproximadamente 40% da produção anual é perdida por pragas e patógenos, sendo 13% devido a insetos. Luis Cañas, pesquisador do CSIC no IBMCP, explica que "o inseto mineiro Tuta absoluta se tornou uma das principais pragas que ameaçam as plantações de tomate em todo o mundo, e na falta da gestão adequada pode causar perdas na produção entre 80% e 100% ".

Os pesquisadores usaram engenharia genética para fortalecer a planta dando genes de defesa como inibidores de protease da cevada. Foram estudados o inibitor de serina protease (BTI-CMe) e o inibidor de Cisteína proteinase (Hv-CPI2) isolados da planta de cevada, no inseto Tuta absoluta. Ambos inibidores foram testados tanto separadamente como em conjunto em plantas de tomate transgênicas. As larvas de Tuta absoluta que se alimentaram da planta de transgênico duplo tiveram uma notável perda de peso e apenas 56% das larvas alcançaram o estágio adulto. Aqueles que alcançaram o estágio adulto, tinham deformidades nas asas e reduzida fertilidade.

Para maiores detalhes, leia o comunicado de imprensa na R&I World.


Gene Do Arroz Faz Com Que O Milho Fique Mais Produtivo, E Pode Trazer O Mesmo Resultado Para Outros Cultivos

Em testes de campo três anos atrás, biotecnologistas mostraram que poderiam aumentar a produtividade do milho através da introdução de um gene de arroz que regula o acúmulo de sucrose nos grãos, e que também levaram ao aumento de grãos por planta de milho. Essa técnica promissora está preparada para gerar o mesmo efeito em outras culturas, inclusive trigo e arroz.

O gene do arroz afetou o desempenho de uma substância química natural do milho, trealose 6-fosfato (T6P), que influencia a distribuição da sacarose na planta. Mas eles estavam interessados ​​em descobrir mais detalhes sobre as relações que regem o aumento da produtividade.

O milho transgênico com níveis reduzidos de T6P no floema, um componente importante na rede de transporte da planta. Isso permite que mais sucrose mova para os grãos em desenvolvimento e, fortuitamente, aumentam a taxa de fotossíntese, e com isso aumentam ainda mais os níveis de sucrose nos grãos. A equipe também verificou o floema dentro das estruturas reprodutivas da planta que são sensíveis à seca. Grãos femininos abortam, mas quando o fluxo de sucrose é mantido nas estruturas esse aborto é evitado.

Maiores detalhes estão disponíveis na Rothamsted Research News.


Uma Meta-Análise De 21 Anos De Dados Revela Os Benefícios Do Milho Geneticamente Modificado

Entre as principais culturas melhoradas por engenharia genética que são plantadas em 26 países, o milho tem o maior número de eventos aprovados (características únicas ou empilhadas/stacked) e é o segundo cultivo mais plantado em termos de adoção, atrás somente da soja. Apesar disso, os riscos e os benefícios do milho continuam sendo debatidos e as preocupações seguem.

Diante dessa situação, os pesquisadores italianos: Elisa Pellegrino, Stefano Bedini, Marco Nuti, e Laura Ercoli publicaram uma meta-análise da literatura revista por pares de 1996 até 2016. A análise se estendeu à novos parâmetros, incluindo a qualidade do grão, e organismos não-alvo a nível de família e decomposição da biomassa do solo, permitindo uma avaliação mais robusta do desempenho do milho no campo.

Entre as 6.006 publicações que foram examinadas pelos pesquisadores, apenas 76 eram elegíveis para as meta-análises. A meta-análise de 21 anos de dados de campo sobre o impacto agro-ambiental do milho mostra os benefícios do milho GM em termos de aumento no rendimento e qualidade de grãos e na diminuição do inseto alvo Diabrotica spp.

A análise mostra que o milho transgênico tem menos micotoxinas e não afetou os muitos insetos benéficos. Teve um efeito modesto ou nenhum na abundância dos insetos-não alvo, sugerindo a ausência de efeito substancial na diversidade da comunidade de insetos. Há evidência forte que o cultivo de milho desenvolvido por engenharia genética reduz o conteúdo de micotoxinas no grão de milho, que leva ao aumento da renda e da qualidade do produto, e reduz a exposição humana às micotoxinas, e reduções nos riscos à saúde.

Para maiores detalhes, leia a publicação completa (acesso livre) em Scientific Reports.


Uma Equipe de Pesquisa Científica Descobre um Gene Que Melhora o Crescimento da Planta e a Conversão Para Biocombustíveis

Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Georgia (UGA) descobriu que a manipulação de um gene encontrado em árvores de choupo ou álamo e switchgrass produzem plantas que crescem mais rápido e são mais eficientemente convertidas em biocombustível. Os cientistas relataram que reduzindo a atividade do gene GAUT4 reduz os níveis de pectina, um componente de paredes de plantas vegetais responsável pela resistência à desconstrução.

A equipe formada por seis instituições lideradas por Debra Mohnen, membro do Centro de Pesquisas de Carboidratos Complexos da UGA e professora de bioquímica e biologia molecular descobriu que reduzindo a expressão do GAUT4 em álamo e switchgrass levou a uma redução em 70 por cento no conteúdo de pectina e produziu um aumento de 15% na liberação de açúcar. O aumento no rendimento e liberação de açúcar abre boas perspectivas para a criação de biocombustíveis. Inesperadamente, também levou ao aumento do crescimento de ambas espécies de plantas, que também é um benefício adicional.

Para saber mais, leia UGA Today.


Interrupção de Ossec3a Induz Resposta de Defesa em Plantas de Arroz

O exocisto, um complexo proteico envolvido na exocitose, tem sido relatado como envolvido no crescimento e desenvolvimento da planta Arabidopsis. No entanto, as funções das moléculas exocitóticas no arroz são mal compreendidas. Uma equipe de pesquisadores liderada por Jin Ma, da Universidade de Pequim, na China, examinou a função de OsSEC3A, uma subunidade importante do complexo de proteínas de exocisto em arroz usando CRISPR-Cas9, Nova Técnica de Melhoramento (NBTs).

A equipe gerou linhas de arroz com o OsSEC3A silenciado usando a edição de genes CRISPR-Cas9. As linhas resultantes apresentaram estatura anão e um fenótipo de imitação de lesão. O mutante Ossec3a também apresentou respostas de defesa aprimoradas e maior resistência ao patógeno fúngico Magnaporthe oryzae. Além disso, o OsSEC3A revelou-se para interagir com a proteína de arroz OsSNAP32, que está envolvida na resistência à explosão de arroz.

Esses achados revelam a função da subunidade de exocisto de arroz SEC3 em resposta de defesa.

Para mais informações sobre este estudo, leia o artigo no Journal of Experimental Biology.


Cientistas Descobrem o Segredo de Como Triplicar o Número de Grãos de Sorgo

Em uma nova pesquisa relatada por cientistas na Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL), uma simples modificação genética pode triplicar o número de grãos do sorgo, uma planta resistente a seca que é importante fonte de alimentos, ração animal e biocombustível em varias partes do mundo. Liderada pela professora adjunto e cientista da CSHL juntamente com os colegas do USDA's Agricultural Research Service (ARS) Doreen Ware e do ARS Zhanguo Xin, o estudo concentrou-se em cepas de sorgo de alto rendimento que foram geradas há vários anos pelo Dr. Xin.

Uma mutação genética desconhecida introduzida por mutagêneses química resultou num aumento do número de grãos que cada planta produziu. Os grãos de sorgo foram produzidos em ramos de flores que se desenvolvem de um panículo, que produz centenas de flores. Apenas um dos dois tipos de flores de sorgo, conhecido como espigueta séssil (ES) é fértil. O outro tipo de flor não produz sementes. No entanto nas plantas modificadas pelo Dr. Xin, ambos tipos de espiguetas produziram sementes, triplicando o número de sementes em cada planta.

Com o intuito de entender a causa dessa mudança, a equipe sequenciou os genomas das plantas modificadas, e descobriram que as mudanças principais afetaram o gene que regula a produção de hormônio. As plantas com a mutação produzem níveis anormalmente baixos do ácido jasmônico, particularmente durante o processo de floração. Eles aprenderam que o ácido jasmônico evita que as espiguetas produzam sementes. A equipe agora espera aplicar a mesma estratégia para aumentar a produção de grãos em plantas relacionadas que são parte do fornecimento mundial de alimentos, como arroz, milho e trigo.

Para mais informações, leia as CSHL Stories.


Estudo Mostra Como as Plantas Usam Iscas em Armadilhas Para Patógenos

Um estudo publicado na Genome Biology mostra como plantas usam iscas para reconhecer e pegar patógenos causadores de enfermidades antes que a infecção possa começar.

Ksenia Krasileva e a equipe dela do Instituto Earlham, juntamente com os pesquisadores do The Sainsbury Laboratory, usaram análises filogenéticas para identificar como esses genes iscas são distribuídos em diferentes gramíneas selvagens e domesticadas, inclusive plantas como trigo, cevada, milho e arroz. Suas descobertas podem ser vitais para tornar cultivos resistentes às enfermidades emergentes causadas por patógenos.

Estudando a história genética das plantas, os pesquisadores encontraram vários grupos interessantes que tendem a formar novas conexões com receptores de plantas, que são mais diversos em trigo. Essas proteínas envolvidas nas respostas de estresses das plantas em geral, especificamente na defesa contra-ataques de patógenos. Além disso, específicos receptores vegetais de patógenos conhecidos como Repetições Ricas em Leucina (LRR) exibiram a habilidade de reconhecer alguns sinais ligados aos agentes causadores de doenças. Ao obter porções de proteínas codificadas por outros genes, que são muitas vezes o alvo de infecção por patógenos, LRRs atuam como um chamariz integrado de defesa.

Patógenos que são nocivos para plantas estão continuamente se desenvolvendo, portanto, pesquisadores tem a esperança de desenvolver novas proteínas com domínios especificamente integrados para dar resistência a patógenos, particularmente novas ameaças para cultivos importantes.

Para maiores informações, leia as notícias do Earlham Institute e a publicação científica no Genome Biology.


Crispr-Cas9 Transgeracional Induz a Edição De Genes Multiplexos em Trigo

A edição de genes multiplex (MGE) baseada em CRISPR-Cas9 pode ser um método poderoso para modificar várias regiões genômicas simultaneamente e controlar diferentes traços agronômicos nas culturas. Neste estudo, a equipe de pesquisa liderada por Wang Wei da Kansas State University visou aplicar a MGE no trigo. A equipe visou os genes TaGW2, TaLpx-1 e TaMLO do trigo hexaplóide.

As mutações knockout geradas em todas as três cópias resultaram num aumento no tamanho e peso do grão. A equipe também descobriu que os alvos não modificados na geração inicial ainda podem ser editados usando a mesma construção CRISPR-Cas9 nas seguintes gerações.

Esses resultados mostram que a edição de genes transgeracional pode facilitar a edição genética multiplex no trigo e também pode servir como fonte de variação de plantas editadas em CRISPR.

Para maiores informações, leia o artigo no The CRISPR Journal.

África

A Nigéria Está se Preparando para a Comercialização de Sementes GM

Na Nigéria, empresas locais de sementes tem um papel estratégico na multiplicação e distribuição de sementes para os agricultores, quando as sementes GM se tornarem disponíveis no mercado. Isto de acordo com o Dr. Rose Gidado, diretor assistente na National Biotechnology Development Agency (NABDA).

A lei de biossegurança da Nigéria foi implementada em 2015, seguida pelo estabelecimento da National Biosafety Management Agency – NBMA (Agencia Nacional de Gerenciamento de Biossegurança), que se encarregou de implementar regulamentos de biossegurança. De acordo com a NBMA, o país está pronto para a comercialização de produtos transgênicos. Isto pode implicar que a Nigéria pode em breve começar a comercialização de alimentos básicos que foram testados por agricultores nos campos, como o feijão caupi resistente à Maruca e o algodão Bt, que está em liberação geral.

"Quando sementes GM forem finalmente comercializadas, as nossas indústrias de sementes têm um papel importante na comercialização e multiplicação de sementes. Obviamente, elas têm que assumir o controle. Não são as empresas de sementes estrangeiras que determinarão, mesmo que as empresas de sementes estrangeiras irão fazer parte disso, irão trabalhar de mãos dadas com as nossas empresas de sementes locais, construir suas capacidades e tudo isso ", disse a Dra. Gidado, que também é coordenadora do país do Fórum Aberto sobre Agricultura Biotecnologia (OFAB) Capítulo Nigéria. Ela também acrescentou que indústrias de sementes locais já estão sendo envolvidas e sensibilizadas na sua participação na multiplicação e distribuição de sementes.

Leia o artigo original do om Leadership Nigeria.

Ásia e Pacifico

Relatório da USDA GAS-GAIN Informa o Avanço Da Agro-Biotecnologia no Bangladesh

O Global Agricultural Information Network do Serviço Exterior de Agricultura do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA FAZ-GAIN) divulgou as atualizações sobre a agricultura biotecnológica em Bangladesh. Segundo o relatório, a pesquisa em biotecnologia vem avançando moderadamente em Bangladesh particularmente em vários cultivos com apoio de decisores políticos, reguladores e parceiros de desenvolvimento. O objetivo do país é assegurar a segurança alimentar através do desenvolvimento de cultivos biotecnológicos resistentes a estresses abióticos e com custos de produção mais baixos. Essa posição de apoio do governo cria um impacto positivo na pesquisa, incentivando os cientistas a desenvolver novas variedades usando a biotecnologia. O sistema regulatório está consistentemente se ajustando para manter o passo com a pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia, e para acelerar a comercialização de produtos GM.

Abaixe o relatório para maiores detalhes.

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