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Estudo revela como as mudanças climáticas alteram o crescimento das plantas

As mudanças climáticas além de afetarem a biodiversidade das plantas, também alteraram a maneira como crescem. Uma equipe de pesquisadores na Universidade Martin Luther em Halle-Wittenberg (MLU) juntou forças com o Instituto de Bioquímica Vegetal de Leibniz (Institute for Plant Biochemistry - IPB) para descobrir que processos moleculares estão envolvidos no crescimento de plantas em altas temperaturas. Isso poderia ajudar a melhorar as plantas para se adaptarem ao aquecimento global.

O Professor Marcel Quint, um cientista da área de agricultura da MLU, explica que uma correlação entre temperatura e crescimento de plantas no nível macro é relativamente bem compreendido, mas ainda existem muitas questões abertas no nível molecular. Estudos anteriores mostraram que a proteína PIF4 controla diretamente o crescimento das plantas, mas essa proteína também é dependente na temperatura. PIF4 é menos ativa no frio, que em temperaturas mais altas. PIF4 ativa os genes que promovem o crescimento das plantas e faz com que essas fiquem mais altas. Embora essa informação seja conhecida aos cientistas, não era claro quando a planta saberia quando ativar o PIF4, assim como quando deveria ser liberado.

Isso é precisamente o que o grupo de pesquisas em Halle descobriu agora. Eles pesquisaram o comportamento do crescimento de plântulas de Arabidopsis que normalmente formam pequenos caules a 20º Celsius. No laboratório, os cientistas identificaram plantas com um gene defeituoso que ainda só formava pequenos caules a 28 graus. Eles buscaram os possíveis motivos para essa falta de crescimento e descobriram um hormônio que ativa o gene PIF4 em altas temperaturas, e dessa maneira produzindo a proteína. Essa reação não ocorria nas plantas mutadas. "Agora descobrimos o papel desse hormônio especial na via de sinalização e descobrimos o mecanismo através do qual o processo de crescimento é positivamente regulado em altas temperaturas”, explica Quint.

Leia mais sobre essa pesquisa no website da MLU .


O IITA começa testes de campo com mandioca transgênica

O Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA), em colaboração com o Laboratório de Biotecnologia de Plantas da ETH Zurique na Suíça começaram os ensaios de campo com mandioca transgênica. A pesquisa objetiva reduzir a degradação do armazenamento de amido após podar os brotos antes da colheita. Também é um processo para obter o conhecimento fundamental sobre o metabolismo do amido no armazenamento na raiz e sobre a mandioca como cultivo. A mandioca é um alimento importante na região da África Subsariana assim como em outras regiões tropicais e subtropicais, mas os agricultores de mandioca enfrentam altas perdas pós-colheita pera rápida deterioração das raízes ricas em amido, que ocorre naturalmente após a colheita. O projeto visa, através através da cultivar da planta de mandioca 60444 gerada na ETH Zurique com RNAi, reduzir a degradação do amido nas raízes após a poda dos brotos.

A autorização foi emitida pela Agência Nacional de Gestão de Biossegurança, de acordo com a Lei da Agência Nacional de Biossegurança de 2015, para o período de 22 de setembro de 2017 a 31 de dezembro de 2018. O IITA adere estritamente aos padrões nacionais e internacionais de biossegurança e assegurará que estes sejam aplicados durante os ensaios, que serão realizados dentro do campus do IITA em Ibadan, Nigéria. As plantas de mandioca do teste de campo não são destinadas para o mercado nem para o desenvolvimento comercial e, portanto, não serão consumidas. De acordo com as regulamentações nacionais, todas as plantas serão destruídas no destruídas no local do ensaio em contenção após análise.

Para maiores detalhes, leia o IITA News.


O FSANZ lança o relatório de aprovação para alimentos derivados de arroz com pro-vitamina a linha GR2E

Alimentos derivados do arroz enriquecido com provitamina A linha GR2E podem ser vendidos na Austrália e Nova Zelândia. A Food Standards Australia New Zealand – FSANZ (Padrões Alimentares da Austrália e Nova Zelândia) lançou o relatório que aprovou a aplicação A1138 submetida pelo International Rice Research Institute (Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz) para a liberação de alimentos derivados da linha de arroz GR2E, geneticamente modificada para produzir carotenoides provitamina A no grão, especialmente beta-caroteno.

FSANZ salientou que aprovação deve impedir a interrupção do comércio caso o GR2E estiver inadvertidamente presente arroz branqueado importado e que o GR2E não se destina ao uso nos suprimentos alimentares australianos ou neozelandeses. Uma avaliação de segurança e nutrição do arroz incluiu documentos que apoiam o relatório. Nenhuma potencial preocupação de saúde pública e de segurança foi identificada. Baseado nos dados fornecidos no presente pedido e outras informações disponíveis, os alimentos derivados da linha GR2E são considerados seguros para o consumo humano assim como alimentos derivados de cultivares de arroz convencionais.

Para obter mais informações, leia o Relatório de Aprovação e os documentos no site FSANZ.


Os genes selvagens" abrem oportunidades para melhores variedades de arroz

Foram completados os genomas de sete variedades de arroz selvagem, segundo o International Rice Research Institute (IRRI). Publicado na Nature Genetics, o estudo detalha a geração de genomas de sete selvagens e duas cultivadas (IR8 e N22). IR8, mais popularmente conhecido como "miracle rice (arroz miraculoso)," foi desenvolvido por cientistas do IRRI e é uma das variedades que introduziu a Revolução verde durante os anos 60s e aliviou a fome no mundo.

"O sequenciamento completo de sete variedades de arroz selvagem é um progresso significativo para impulsionar a evolução e domesticação do genoma,‘ explicou o Dr. Rod Wing, um dos principais cientistas do estudo. Ele acrescentou que os parentes selvagens do arroz continuam a ser um reservatório importante para a melhoria das culturas, pois estão adaptados a diferentes faixas biogeográficas e podem tolerar muitos estresses bióticos e abióticos.

Dr. Ruaraidh Hamilton, IRRI cientista principal para diversidade genética e chefe do banco de germoplasma do IRRI saúda esse passo. “Isso abre as portas para melhoristas de arroz, permitindo que possamos melhorar cultivos com características que são preferidas pelos agricultores e consumidores. Também nos trará mais próximos do nosso objetivo de assegurar maior segurança nutricional e alimentar no mundo através da produção sustentável de arroz”, disse.

Para mais detalhes, leia o comunicado de imprensa do IRRI.


Pesquisadores descobrem mecanismos genéticos que poderiam melhorar o rendimento dos cereais

Uma equipe de cientistas do Donald Danforth Plant Science Center (Centro de Ciências Vegetais Donald Danforth) liderado por Andrea Eveland identificou um mecanismo genético que poderia aumentar o rendimento dos cereais. A equipe realizou as pesquisas na Setaria viridis, uma gramínea que é relacionada com cereais e cultivos de bioenergia economicamente importantes como milho, sorgo, switchgrass (Panicum virgatum) e a cana-de-açúcar.

No estudo os cientistas mapearam o locus no genoma da S. viridis que controla o crescimento das cerdas estéreis que são produzidas nas inflorescências de algumas gramíneas. Eles descobriram que essas cerdas podem se tornar espiguetas que produzem flores e grãos. A conversão é determinada e regulada por uma classe de hormônios vegetais chamados de brassinosteróides (BRs), que modulam uma série de processos fisiológicos no crescimento, desenvolvimento e imunidade das plantas. O estudo também mostrou que a interrupção localizada da síntese de BR leva a produção de duas flores por espigueta ao invés da típica formação de uma única flor. Eveland disse que a descoberta do fenótipo dependente de BR representa potenciais meios para aumentar a produção de grãos, inclusive a subsistência de cultivos em muitos países em desenvolvimento.

Para maiores detalhes leia o comunicado de imprensa da Donald Danforth Plant Science Center.

África

Cientistas recomendam milho Bt para solucionar a infestação da largarta do cartucho no Quênia

Os quenianos estão à beira da fome após uma pesada infestação pela lagarta do cartucho nas suas plantações de milho. Relatada pela primeira vez no seu país em março do ano passado, a praga já devastou mais de 250,000 hectares de plantações de milho em 27 de 47 municípios.

Uma missão de pesquisa feita por uma equipe de jornalistas da OFAB-Quênia em Machakos revelou que a praga devastou quase a totalidade do cultivo de milho e os agricultores lidam com a agonizante realidade. “Minhas plantas morreram por causa do ataque das lagartas e não sobrou quase nada na fazenda,” Elizabeth Nduku, uma pequena agricultora.

Cientistas da Kenya Agricultural and Livestock Research Organisation (KALRO) no projeto Water Efficient Maize for Africa – WEMA (Milho Eficiente em Água para a África) conduziu testes de campo a nível nacional para avaliar o desempenho do milho Bt e prover soluções sustentáveis contra a invasão de pragas e a seca no país. "Durante a nossa pesquisa, demonstramos em testes regulados no Kitale (município de Trans Nzoia) e Kiboko (Municipio de Makueni) que milho Bt não apenas é capaz de controlar a broca do milho como também a lagarta do cartucho,” disse Dr. Murenga Mwimali, um melhorador de milho na KALRO.

Agricultores em Quênia estão solicitando ao governo que acelere a liberação comercial de cultivos geneticamente modificados para solucionar os seus problemas. "Não hesitarei em tentar milho geneticamente modificado se resiste a seca e pragas," disse Nduku.

Para maiores informações, entre em contato com Dr. Margaret Karembu no mkarembu@isaaa.org.


Mulheres Africanas prometem apoiar a biotecnologia

Membros da Africa Women for Biosciences – AWfB (Mulheres Africanas para as Biociências) prometeram apoiar a biotecnologia uma vez que defendem políticas eficientes e efetivas para o meio ambiente. A rede, composta de mulheres com um interesse e paixão por ciência tecnologia e inovação, disse durante um workshop sobre comunicação em biossegurança realizado de 25-26 de janeiro em Nairobi, Quênia. O workshop teve como objetivo de preparar as integrantes da AWfB's com habilidades de comunicação efetiva e envolvimento de mídia, para diversificar vozes advogando biotecnologia.

O Diretor Geral adjunto do Kenya Agricultural and Livestock Research Organisation's – KALRO (Organização de Pesquisa em Agricultura e Pecuária do Quênia), Dr. Felister Makini reconheceu que o maior desafio enfrentado pelos cientistas é comunicação. Ela acrescentou que é essencial que o público entenda os cientistas e o trabalho que eles realizam para manterem-se apreciados pela sociedade. Dr.Makini enfatizou a necessidade de melhores treinamentos de comunicação que irão permitir que cientistas mulheres se envolvam com as pessoas ao seu redor dando um espaço na sociedade para abordar medos que acercam a tecnologia. “Precisamos que o público ofereça a chance da ciência prosperar, e um ambiente onde possamos operar,” observou. "Vozes de mulheres terão um papel essencial para destrancar algumas barreiras que estão bloqueando importantes tecnologias como biotecnologia moderna.”

A diretora da ISAAA AfriCenter's, Dra. Margaret Karembu motivou os participantes a contribuir ao plano de ação do governo ‘Big-Four' para um desenvolvimento econômico, acrescentando que as integrantes da AWfB estavam em um espaço único para realizar isso. Dr. Karembu agregou que biotecnologia pode contribuir significantemente para os esforços do governo no alcance do plano estratégico de segurança alimentar, fabricação e moradia, e solicitou as mulheres que obtenham as habilidades necessárias para assegurar que suas vozes sejam ouvidas.

O workshop, organizado pela ISAAA AfriCenter e a Open Forum on Agricultural Biotechnology (OFAB)-Kenya, contou com a participação de mais de 50 mulheres envolvidas em pesquisa cientifica, em políticas e acadêmicas. As participantes aprenderam os princípios de comunicação efetiva em biossegurança, como desenvolver mensagens que irão ressoar com as suas audiências, além de como se envolver com a mídia e usar social media para advocacia política.

Para maiores informações, enviar um email para mkarembu@isaaa.org.

Europa

Advogado Geral do tribunal de justiça da União Européia disse que os cultivos editados geneticamente devem ser isentos das leis de OGM

No seu parecer no caso C-528/16, o advogado geral do Tribunal de Justiça da União Européia (UE), Michal Bobek disse que organismos obtidos por mutagênese são a princípio isentos das obrigações da Directiva do Parlamento Europeu sobre Organismos Geneticamente Modificados (Directiva de OGMs). A Directiva regula a liberação ao meio ambiente de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e a sua colocação no mercado da UE.

O parecer do caso declara que a Directiva não aplica aos organismos obtidos por certas técnicas de modificação genética, como mutagênese (exceção para mutagênese). Ao contrário da transgênese, a mutagênese a princípio não implica na inserção de DNA alheio num organismo vivo.

O advogado geral primeiro considera que um organismo obtido por mutagênese pode ser um OGM se satisfizer os critérios substantivos estabelecidos na directiva de OGM. Ele observa que a Directiva não requere a inserção de DNA alheio num organismo para que seja considerado um OGM, mas meramente diz que o material genético foi alterado de maneira que não ocorre naturalmente. A opinião do caso também indica que os Estados Membros podem legislar em relação aos organismos obtidos por mutagênese.

A primeira reação da opinião do caso veio da European Plant Science Organisation (EPSO), que declarou que foi um passo importante para esclarecer sobre os organismos modificados por recentes técnicas de mutagêneses que apareceram depois de 2001 na Directiva Europeia.

Para maiores detalhes, leia a opinião do caso e a reação da EPSO

Além Biotecnologia Agrícola

Corante azul Índigo feito por bactérias geneticamente modificadas

Corante azul Índigo feito por bactérias geneticamente modificadas

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