Notícia

Global

Novas Tecnologias De Melhoramento Para Obter Segurança Alimentar

Em uma publicação sobre perspetivas na revista Science, uma equipe internacional de cientistas argumenta que as novas tecnologias de melhoramento, como edição de genoma podem contribuir para aumentar significativamente a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.

Também no passado, o melhoramento vegetal e outras tecnologias agrícolas desempenharam um papel importante na segurança alimentar, mas o resultante intenso uso de agrotóxicos também causou problemas ambientais sérios. As tecnologias futuras precisam reduzir o impacto ambiental e tornar a agricultura mais resiliente ao estresse climático.

As previsões sugerem que especialmente pequenos agricultores na África e na Ásia sofrerão os efeitos das mudanças climáticas. A edição do genoma pode ser usada para tornar os cultivos mais resistentes a pragas e doenças e mais tolerantes à seca e ao calor. Isso deve ajudar a reduzir as perdas e as pulverizações de pesticidas. Os métodos como CRISPR-CAS9 podem ser usados para fazer mutações de ponto precisas sem introduzir genes alheios.

Devido aos baixos custos, esses métodos também podem ser empregados em culturas previamente negligenciadas, como as leguminosas locais. Os autores mostram que as culturas melhoradas por edição de genoma podem estar disponíveis nos próximos cinco anos. Mas eles enfatizam que a cooperação internacional, o apoio público e a regulamentação eficiente baseada em ciência serão essenciais para garantir que os países e os agricultores mais pobres também possam beneficiar-se.

Para maiores detalhes leia o artigo na Science.


Cientistas Correm Para Salvar as Bananas do Mal-Do-Panamá

Desde a sua descoberta em 1800, a doença causada pelo fungo Fusarium Wilt ou mal-do-Panamá tem sido uma ameaça global à produção da banana. Acabando com plantações inteiras na Ásia, Austrália, Oriente Médio, África e América Latina. O impacto econômico da doença tem sido catastrófico, com perdas atingindo até 18,2 bilhões de dólares americanos.

Um dos maiores avanços da indústria foi a descoberta de outra variedade de banana, conhecida como Cavendish. Essa variedade era quase que totalmente resistente à doença do Panamá. Atualmente, 99% das bananas exportadas e cerca de metade da produção total mundial são bananas da Cavendish. No entanto, a doença do Panamá voltou, e nem mesmo o Cavendish está imune.

Os cientistas agora recorrem a biotecnologia moderna para tornar a planta resistente ao mal-do-Panamá. A modificação genética em particular, é vista como uma possível solução para proteger as plantas do Tropical Race 4 ou TR4, a cepa de fungo que apareceu em Taiwan no início dos anos 2000.

Por exemplo, pesquisadores da Austrália descobriram que a adição de dois genes diferentes - de uma banana silvestre resistente a TR4 e outra de vermes nematóides - ao código genético de bananas Cavendish protege as plantas do TR4. Enquanto isso, uma equipe em Taiwan já produziu uma linha Cavendish que pode resistir um pouco ao TR4. Outro estudo mostra evidências de que algumas culturas podem defender as bananas contra o TR4.

Para mais detalhes, leia o artigo no The Conversation.

Ásia e Pacifico

Ministério Da Saúde No Japão Finaliza Política Sobre Produtos Alimentício Com Genoma Editados

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar (The Ministry of Health, Labor and Welfare-MHLW) do Japão divulgou sua política regulatória para produtos alimentícios derivados da tecnologia de edição genômica em 27 de março de 2019. Estabeleceu as condições nas quais os produtos com genoma editados serão regulamentados e quando não.

A política regulatória final é derivada da proposta revisada para validação pelo Comitê de Pesquisa para Alimentos Recém Desenvolvidos no MHLW em fevereiro deste ano. O resumo da política inclui pontos de deliberação, manuseio de alimentos gerados com tecnologia de edição de genomas, manejo de aditivos alimentares derivados de organismos com genoma editados, comunicação de risco para o público e os aperfeiçoamentos necessários à medida que a tecnologia se desenvolve.

Para mais detalhes sobre a política, leia o relatório do US FAS GAIN Report.


Variedade De Arroz Tolerante Ao Sal É Desenvolvida Na Índia

Cientistas do Instituto Bose, em Calcutá na Índia, desenvolveram uma variedade de arroz transgênico tolerante ao sal que, em condições de casa de vegetação, apresentou crescimento e rendimento de grãos normais.

Os cientistas usaram genes da espécie de arroz selvagem Porteresia coarctata. Esta espécie nativa de algumas partes do sul da Ásia, é conhecida por ser um halófito, portanto, uma fonte rica de genes de tolerância ao estresse salino. Os cientistas foram capazes de identificar um gene, PcINO1, que codifica uma enzima capaz de sintetizar inositol mesmo na presença de sal. O inositol é uma substância semelhante à vitamina que ameniza o estresse e funciona como comutador das vias importantes para a comunicação da tolerância ao sal. Ao super-expressar PcINO1 na variedade de arroz IR64 indica, comumente usada, eles desenvolveram uma nova variedade que pode suportar até 200mcmol por Li de sal, ou cerca da metade da solução salina da água do mar. Segundo o cientista líder, isso também pode indicar que a manipulação da via metabólica do inositol pode ser uma forma de combater o estresse salino nas plantas.

As novas descobertas são importantes para o desenvolvimento de variedades de plantas que podem sobreviver à salinidade e à seca, à medida que as preocupações e discussões sobre as mudanças climáticas globais se tornam mais acentuadas.

Leia o artigo completo em Scientific Reports.

Europa

O Comissário De Saúde Da Ue Exige Uma Nova Legislação Para As Inovações De Reprodução De Plantas

As inovações de melhoramento de plantas precisam de uma nova legislação na União Europeia (EU), uma que considere as recentes tecnologias avançadas, disse o Comissário de Saúde da Viqueniia Virtenis. Ele disse isso considerando a manipulação de informações maciça e assustadora sobre a questão. "Do meu ponto de vista, precisamos de um novo quadro regulamentar para essas novas técnicas", disse Andriukiteite, sugerindo que a questão será discutida pela nova Comissão Europeia após as eleições de maio.

O Tribunal de Justiça Europeu (ECJ) decidiu em julho de 2018 que os organismos obtidos por mutagênese realizada por edição de genes, técnica de melhoramento, são organismos geneticamente modificados (OGM) e, a princípio caem na Diretiva de OGMs. Andriukiteit disse que o ECJ foi convidado a interpretar uma lei, a legislação de OGM, que foi implementada há 20 anos e se referia a técnicas antigas, sem consideração para os últimos avanços na área. Ele também rejeitou a reivindicação da maioria dos ambientalistas que as empresas multinacionais estão por trás da aplicação da biotecnologia, enfatizando o exemplo dos agricultores de Bangladesh que usam a biotecnologia e produzem bons cultivos para alimentar suas famílias sem usar pesticidas.

Leia o artigo original da Euractiv.


A EFSA Libera O Parecer Científico Sobre 6 Eventos De Milho GM

O painel da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA - European Food Safety Authority) em organismos geneticamente modificados (painel de GMO) publicou o parecer científico sobre a segurança de seis eventos empilhados de milho geneticamente modificado (GM) BT11 × MIR162 × MIR604 × 1507 × 5307 × GA21 e suas subcombinações independentemente de sua origem. A opinião científica EFSA-GMO-DE-2011-103 publicada em resposta a aplicação da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. nos termos do Regulamento (CE) n.º 1829/2003.

O escopo do pedido EFSA-GMO-DE-2011-103 é para uso alimentar e ração, importação e processamento na União Européia do milho GM tolerante ao herbicida e a insetos BT11 × MIR162 × MIR604 × 1507 × 5307 × GA21 e todas as suas sub-combinações independentemente de sua origem.

O painel de OGM já avaliou os seis eventos únicos e 22 de suas sub-combinações e não identificaram preocupações de segurança. Nenhum novo dado sobre os eventos únicos ou suas 22 combinações que podem levar à modificação das conclusões originais sobre a sua segurança foi identificado.

O painel de OGM conclui que o milho empilhado de seis eventos é tão seguro quanto e equivalente ao seu comparador não-GM e as variedades de referência não-GM testadas.

Para mais detalhes, leia a opinião científica no EFSA Journal.

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