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108 milhōes de pessoas sofrem de insegurança alimentar - Relatório

Em meio a esforços massivos e coletivos das organizações internacionais para enfrentar os desafios alimentares, cerca de 108 milhões de pessoas em 48 países com crise alimentar estão ou estavam em risco de insegurança alimentar aguda em 2016, segundo o Relatório Global sobre Crises Alimentares 2017. Esses dados mostram um aumento significante de 80 milhões em 2015. Os resultados do relatório foram computados utilizando diversos métodos de medição e foram produzidos através de uma colaboração entre a União Europeia e a USAID/FEWSNET, instituições de segurança alimentar junto com agencias das Nações Unidas incluindo a FAO, O Programa Alimentar Mundial, e a UNICEF.

O aumento dramático de indivíduos em crise alimentar reflete o problema que eles enfrentam em acessar alimentos devido aos conflitos, preços elevados de alimentos em mercados locais e condições climáticas extremas como devido a secas e chuvas erráticas causadas pelo El Niño. Em 9 das 10 piores crises humanitárias, foi observado que o conflito civil era a força motriz, e indicando uma forte relação entre a paz e a segurança alimentar.

Leia o relatório para maiores detalhes.


Estudo mostra que engenharia genética ocorre naturalmente em plantas enxertadas

Pesquisadores da Universidade de Rutgers liderados por Pal Maliga relataram que plantas enxertadas trocam mitocôndrias, fonte das células que contém seus próprios genomas. Além disso, quando todas as mitocôndrias de uma planta entram nas células de outra, combinam seu DNA com o das mitocôndrias existentes. Essas descobertas publicadas na revista científica PNAS, mostram que os agricultores de todo o mundo que enxertaram plantas estiveram realizando engenharia genética sem ter essa intenção.

Maliga e seu grupo enxertaram uma espécie de tabaco em outra. Uma espécie tinha uma mutação na mitocôndria que inibe o desenvolvimento normal de partes de flores masculinas. Em seguida, os pesquisadores tomaram fatias da parte esterilizada masculina da planta e cresceram plantas inteiras a partir destas. Algumas dessas plantas produziram flores com partes masculinas normais em áreas próximas ao enxerto indicando a transferência exitosa de mitocôndrias entre as duas espécies. A troca de genomas foi encontrada em áreas próximas ao enxerto, mas novos brotos geralmente se formam nessa região. Estes novos brotos crescem em novas plantas com genomas mistos.

Obtenha mais detalhes nas revistas PNAS e New Scientist.


Estudo mostra que o aumento no uso de herbicidas foi maior em cultivos não geneticamente modificados do que em cultura biotecnológicas

Cientista da Universidade de Wyoming (UW) relata que o uso de herbicidas aumentou mais rapidamente nos últimos 25 anos nos cultivos não modificados por biotecnologia moderna do que os modificados. Essa descoberta foi publicada na revista Nature Communications.

Por muito tempo uma das críticas da biotecnologia era que a sua adoção aumentaria o uso de herbicidas. No entanto, Andrew Kniss do Departamento de Ciências Vegetais na Universidade de Wyoming mostrou que a intensidade do uso de herbicidas aumentou durante os últimos 25 anos em milho, algodão, arroz e trigo. Mesmo se os cultivos biotecnológicos causassem a impressão que aumentaram o uso de herbicidas, na verdade os aumentos foram mais rápidos nos cultivos convencionais. Os resultados mostraram que mesmo que o uso de herbicidas tenha aumentado, a toxicidade crônica associada com eles diminuiu em 2 dos 6 cultivos, enquanto que a toxicidade aguda diminuiu em 4 dos 6 cultivos. No último ano do estudo, o glifosato foi responsável por 26% de milho, 43% de soja e 45% de herbicidas de algodão. No entanto, devido à toxicidade crônica relativamente baixa deste herbicida específico, ele contribuiu respectivamente apenas com 0,1; 0,3 e 3,5% do risco de toxicidade crônica nessas culturas.

Se as ervas daninhas não forem controladas por herbicidas, a produção global de alimentos poderá diminuir em 20-40%.

Para mais detalhes, leia o artigo de pesquisa na Nature Communications.


Uma pesquisa no twitter mostrou que 71% dos que votaram disseram que OGMs são necessários para alimentar a população mundial

Uma pesquisa em andamento conduzida em Twitter pela Singularity Hub revelou que 71% dos respondentes acreditam que os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) são necessários para alimentar a população mundial de 9.7 bilhões em 2050. Vinte e tres (23%) por cento dos respondentes de um total de 1338 no momento de escrever o texto, acreditam que existe a necessidade de saber mais, enquanto que apenas 6% pensam que os OGMs não são seguros ou são perigosos.

Singularity Hub narra o progresso tecnológico destacando os avanços, os atores, e as questões que moldam o futuro bem como apoiam a comunidade global de pessoas inteligentes, apaixonadas e orientadas para a ação que querem mudar o mundo.

Para maiores detalhes, leia o artigo deles The Future of Food: To GMO or Not To GMO?, ou visite o Singularity Hub.


Foi descoberto um gene que influencia o rendimento do grão

Um gene que influencia o rendimento do grão em gramíneas que estão relacionadas a culturas alimentares foi descoberto por pesquisadores do Instituto Enterprise Rent-A-Car para combustíveis renováveis ​​do Centro de Ciência de Plantas Donald Danforth (Enterprise Institute).

Numa publicação na Nature Plants no dia 18 de abril de 2017, o grupo liderado por Dr. Thomas Brutnell, diretor do Enterprise Institute, e pesquisadores na o Joint Genome Institute do departamento de ciência do Ministério da Energia dos Estados Unidos (DOE JGI) conduziram um rastreamento genético para identificar os genes que tem um papel no desenvolvimento da panícula da flor de painço verde. Painço verde é um parente selvagem do milho-painço, e essas espécies de Setaria são relacionadas a várias gramíneas candidatas para uso em bioenergia (Switchgrass/Panicum e Miscanthus) e servem como modelo para estudar gramíneas que podem fixar carbono via fotossinteticamente a partir de CO2 através de uma via (C4) que preserva água.

O grupo identificou quatro mutações que levam a cachos de flores reduzidas e desiguais. Eles também identificaram o gene no painço verde que pode ser um determinante no controle do rendimento do grão, que é essencial no melhoramento de cultura alimentares como o milho. Para identificar a mutação causal, o laboratório Brutnell rastreou 2.700 famílias M2 e sequenciou profundamente um pool de mutantes. Eles confirmaram que um gene homólogo no milho desempenhou um papel semelhante.

Para mais detalhes, leia o artigo na página Danforth Center News and Media.


Cientistas investigam mudanças metabólicas na modificação genética do arroz enriquecido com resveratrol

Resveratrol é um antioxidante popular presente na casca das uvas, que podem ter benefícios úteis para o coração. Então cientistas desenvolveram o arroz enriquecido com resveratrol (resveratrol–enriched rice RR) contendo o gene de estilbeno sintase para induzir a produção do resveratrol e o gene da fosfinotricina-N-acetiltransferase para conferir resistência a herbicida. Min Sung Kim da Universidade Nacional de Incheon, Coréia do Sul, e um grupo de pesquisadores avaliaram se existem mudanças metabólicas no arroz enriquecido com resveratrol.

Eles plantaram RR e não-RR por duas estações em três áreas diferentes na Coréia do Sul com condições climáticas diferentes. Em seguida, analisaram os componentes principais das duas variedades de arroz, o que mostrou que a composição química foi mais afetada pela estação de crescimento e localização do que a transformação genética. Além disso, a análise estatística revelou que não havia diferenças significativas nas estruturas bioquímicas da RR em comparação com as plantas não RR. Os resultados também mostraram que o tratamento com herbicidas não afetou a composição química da RR.

Leia o artigo de pesquisa científica na Applied Biological Chemistry.

Américas

Pesquisa revela que 90% dos produtores rurais no Brasil reconhecem importância da biotecnologia

Em uma iniciativa para levar informações aos produtores rurais que utilizam a biotecnologia, o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) do Brasil realizou uma pesquisa com 1.250 produtores rurais para esboçar um cenário sobre o entendimento dos agricultores sobre as tecnologias utilizadas na soja e milho e identificar percepções de seus produtos na preservação no campo.

CIB revela que 90% dos agricultores no Brasil reconhecem a importância da tecnologia de resistência aos insetos e tolerância aos herbicidas. No entanto, apenas 60% deles sabiam que leva até 15 anos para desenvolver e lançar uma nova tecnologia. A pesquisa também mostra que um número significativo de agricultores não realizam importantes passos de manejo. Quando questionados sobre as práticas adotadas para preservar as biotecnologias e os produtos químicos que utilizam nas lavouras, apenas 38% responderam que realizam mecanismos de ação e 43% adotam o refúgio. A diretora executiva do CIB, Adriana Brondani, disse: "Com base nisso, acreditamos que o produtor tem uma percepção de que, se houver resistência no campo e a tecnologia se tornar obsoleta neste cenário, a indústria vai criar uma solução alternativa para o problema. Em face a essa percepção, a preocupação com a preservação das tecnologias não é evidente.”

Para saber mais visite o site do CIB ou leia o artigo aqui.

Ásia e Pacifico

Cientistas desenvolvem arroz que floresce sob demanda

Pesquisadores da Universidade de Tóquio desenvolveram um arroz por engenharia genética que não floresce até entrar em contato com um fungicida específico. Os resultados foram publicados na revista Nature Plants.

Takeshi Izawa e seus colegas desenvolveram arroz que não floresce ao sobre-expressar um gene repressor floral (Ghd7 - Grain number, plant height and heading date 7) para bloquear a florasção natural. Em seguida, co-transformaram plantas com um gene florigen Hd3a do arroz, que foi induzido por agroquímicos específicos. As plantas que passaram por um período de crescimento vegetativo mais longo exibiram um melhor tamanho das plantas e panículas, assim como outras características relacionadas com o rendimento.

Os resultados do estudo podem levar ao desenvolvimento de culturas que podem crescer em diferentes tipos de clima e facilitar a reprodução para diferentes características agronômicas.

Leia o artigo de pesquisa em Nature Plants.

Pesquisa

Melhoramento genético convencional altera mais a composição do milho que Stacks (empilhamento/combinação) de eventos

Os pesquisadores da Dow AgroSciences LLC, liderados por Rod A. Herman, avaliaram o impacto do cruzamento (empilhamento) de eventos geneticamente modificados (GM) na composição bioquímica de grãos de milho e compararam com o impacto causado pela geração de híbridos não GM.

A similaridade composicional de sete pilhas GM contendo o evento DAS-Ø15Ø7-1 foi comparada com os seus correspondentes híbridos não-GM quase isogénicos (iso-híbridos) e híbridos não GM atualmente cultivados e os seus iso-híbridos. As parcelas de dispersão foram usadas para visualizar as comparações entre híbridos. Verificou-se que a composição das pilhas reprodutoras de GM era mais semelhante à composição dos seus iso-híbridos do que à composição de híbridos não GM em relação aos seus iso-híbridos. Assim, o melhoramento não-GM é mais capaz de influenciar a composição das culturas do que a transgênese ou o empilhamento de eventos GM.

Essas descobertas podem ser motivo para se questionar a importância de se exigir estudos de composição de culturas GM, especialmente para as pilhas de criação compostas de eventos GM anteriormente verificados como sendo composicionalmente semelhantes aos iso-híbridos.

Para mais informações sobre este estudo, leia o artigo no Plant Biotechnology Journal.

Lembretes de Documentos

Documentos

As Implicações Regulatórias das Novas Tecnologias de Melhoramento (New Breeding Technologies) em inglês

The Petri Dish agora está online (em inglês)

14º Congresso Anual da BIO Mundo sobre Biotecnologia Industrial 23-26 de julho, 2017 – Montreal, Canadá

Curso online sobre Melhoramento Vegetal para Resistência a seca da Universidade do Estado do Colorado (em inglês) 21 de agosto a 15 de dezembro, 2017 maiores informações no website do curso

Conferência Internacional sobre a Segurança Alimentar Mundial 3 – 6 de dezembro, 2017 Cidade do Cabo, África do Sul

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