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Global

Governos Estabelecem Metas para a Conservação da Biodiversidade Até 2050

Cento e noventa e seis governos concordaram em ampliar os investimentos para o desenvolvimento sustentável e a coexistência harmoniosa de toda a vida na Terra até 2050. Isso aconteceu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, realizada de 17 a 29 de novembro de 2018 em Sharm El Sheikh, Egito. Sua Excelência Abdel Fattah el-Sisi, Presidente da República Árabe do Egito, pediu a integração da biodiversidade a todos os setores econômicos, a fim de conservar os recursos naturais para as próximas gerações.

A Dr. Christiana Paşca Palmer, Secretária Executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, observou que desde que a convenção começou a vigorar, há 25 anos, um progresso significativo foi alcançado na conservação e no uso sustentável da biodiversidade. A Dr. Palmer, no entanto, enfatizou que estas conquistas não são suficientes para deter a persistente perda de diversidade animal e vegetal na Terra, apelando a todos os governos a se empenharem para conservar a biodiversidade.

As duas semanas de deliberações e negociações multilaterais fecharam com um amplo acordo internacional para reverter a destruição global da natureza e a perda da biodiversidade, ameaçando todas as formas de vida na Terra. Para combater a crise, governos concordaram em acelerar a ação para alcançar as Metas de Aichi acordadas em 2010. Também foi concordado um processo compreensivo e participatório para o desenvolvimento do quadro de biodiversidade pós 2020 previsto em ser acordado na próxima conferência da ONU, em Pequim em 2020.

A delegação da ISAAA participou das reuniões, fazendo declarações sobre itens de biossegurança na agenda da conferência. A ISAAA também co-organizou um evento paralelo sobre OVMs, biologia sintética e informações de sequência digital (DSI) sobre recursos genéticos. O evento foi co-organizado pela Aliança para a Ciência (AfS), a Associação Alemã de Biologia Sintética, o iGEM (International Genetically Engineered Machine), a Iniciativa de Pesquisa Pública e Regulamentações (PRRI) e a SynBio Africa.


Laureados com o Prêmio Nobel: Medo de Cultivos GM Impede Que a Sociedade se Beneficie da Tecnologia

Vencedores do Prêmio Nobel de Química em 2018, a professora Frances Arnold, dos Estados Unidos, e o Sir Gregory Winter, do Reino Unido, dizem que preocupações excessivas sobre alimentos geneticamente modificados (GM) estão impedindo a sociedade de se beneficiar da tecnologia.

"Estamos modificando o mundo biológico ao nível do DNA há milhares de anos", disse a professora Arnold em entrevista coletiva. "De alguma forma, há esse novo medo de algo que já estamos fazendo há muito tempo e esse o medo limitou nossa capacidade de fornecer soluções reais", acrescentou. A professora Arnold argumentou que as culturas GM poderiam tornar a produção de alimentos mais sustentável em termos ambientais e ajudar a alimentar a crescente população mundial. O Sir Gregory Winter, comentou que as atuais regulamentações de cultivos GM precisam ser afrouxadas.

Os ganhadores do Prêmio Nobel fizeram os comentários na segunda-feira, 10 de dezembro de 2018, durante a apresentação do prêmio. A professora Frances Arnold e o Sir Gregory Winter receberam o Prêmio Nobel de Química este ano, junto com o cientista americano George Smith, pelo trabalho deles no aproveitamento da evolução para produzir novas enzimas e anticorpos. O trabalho deles levou ao desenvolvimento de novos combustíveis e produtos farmacêuticos, fazendo uso dos próprios processos evolutivos da natureza, levando a avanços médicos e ambientais.

Leia mais no Central Maine e no The Guardian.


Estudo da Universidade do Estado de Iowa Diz que o Sentimento Anti-OGM Tem Repercussões para o Mundo em Desenvolvimento

Um estudo conduzido na Universidade do Estado de Iowa analisou dezenas de estudos científicos anteriores sobre a segurança do milho Bt e fornece um panorama do processo da avaliação de riscos aplicado aos cultivos GM.

Walter Suza, professor assistente adjunto da área de agronomia no Estado de Iowa e co-autor do estudo, disse que o milho Bt poderia ajudar agricultores na África a combater uma praga emergente capaz de devastar suas plantações, mas o medo de cultivos GM diminuiu a adoção da tecnologia no continente. Ele cita o problema da lagarta-do-cartucho, uma praga emergente se espalhando rapidamente pela África. Disse que o milho Bt pode ajudar a combater a praga imediatamente, enquanto o desenvolvimento de resistência através do melhoramento tradicional de plantas levará anos. A revisão constatou que adiar a adoção de culturas GM, como o milho Bt no mundo em desenvolvimento, apresenta riscos para os seres humanos e para o meio ambiente.

O trabalho publicado no Global Food Security confirma a conclusão de que as culturas GM são seguras para os seres humanos e o meio ambiente, e que os riscos associados às culturas GM se mostraram baixos ou inexistentes. Conclui que tecnologias GM podem ser usadas para desenvolver variedades tolerantes a estresses ambientais e com maior valor nutritivo, e para proteger recursos naturais e saúde humana. Também afirma que enquanto cada novo produto GM é avaliado caso-a-caso, produtos aprovados para o comércio, como os que contem genes Bt, foram submetidos a um rigoroso escrutínio científico. Características de cultivos GM, incluindo, mas não se limitando a proteção de Bt incorporada em plantas, devem ser consideradas como uma ferramenta para melhorar o rendimento das colheitas, a segurança alimentar e a renda para os agricultores desprovidos de segurança alimentar.

Para mais detalhes, leia as notícias da Iowa State University. A publicação de acesso livre está disponível na Global Food Security.

África

Parlamento de Uganda Aprova Lei Sobre OGMs

O Parlamento da República de Uganda finalmente aprovou o projeto de lei que visa fornecer um marco regulatório para o desenvolvimento e aplicação segura da biotecnologia no país.

O projeto, anteriormente conhecido como Projeto Nacional de Biotecnologia e Biossegurança de 2012, agora é renomeado como Lei Regulatória de Engenharia Genética de 2018. O Presidente adiou a assinatura como uma lei pendente devido a 12 questões que exigem modificações.

Entre as questões levantadas pelo presidente estão o estabelecimento de vários bancos de genes e de sementes para preservar a biodiversidade. Vice-Presidente do Comitê, Exmo. Lawrence Akugizibwe disse que "o Comitê concordou com o Presidente sobre a proposta de ter uma contenção de Materiais Geneticamente Modificados (GEMs) para que eles não se misturem com espécies nativas através do cruzamento e polinização". Além disso, o comitê concordou com o Presidente que um desenvolvedor de GEMs é totalmente responsável por quaisquer efeitos negativos que possam surgir do uso de GEMs.

Leia o comunicado de imprensa do Parlamento da República do Uganda.

Américas

Colômbia Aberta À Adoção À Biotecnologia; Continua a Trabalhar Através Dos Desafios Regulamentares

O relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Serviço Agrícola do USDA (GAIN) sobre o status da biotecnologia agrícola na Colômbia foi divulgado.

Segundo o relatório, a Colômbia continua aberta à adoção de produtos derivados da biotecnologia e de outras tecnologias inovadoras. A área plantada para culturas geneticamente modificadas (GE) na Colômbia diminuiu devido ao declínio geral nas plantações de milho e algodão. O governo colombiano e as partes interessadas devem finalizar as discussões sobre os regulamentos de biotecnologia relativos à tolerância de níveis baixos (low-level presence - LLP), rotulagem e decreto 4525 para estabilizar o ambiente regulatório para produtos GM. Essas questões estão potencialmente impedindo a adoção de novas tecnologias.

A Colômbia continua a importar vacinas transgênicas para doenças de animais, e há um interesse crescente de empresas estrangeiras e governos locais em acessar a tecnologia de mosquitos GM enquanto se aguarda a avaliação da jurisdição e via de regulamentação doméstica.

Para mais detalhes, leia o Relatório USDA FAS GAIN.

Ásia e Pacifico

Japão Pode Liberar a Comercialização de Alimentos Com Genoma Modificado

O Comitê de Especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão anunciou sua proposta para permitir que a maior parte de edição de genoma atualmente em desenvolvimento seja comercializada sem a inspeção de segurança pelo Estado. Espera-se que a proposta acelere a criação de culturas mais nutritivas e melhoradas.

No relatório provisório do comitê, o método de destruir os genes-alvo, incluindo nos produtos animais e os produtos da pesca, bem como as culturas agrícolas, foi excluído do regulamento. Esses produtos não podem ser distinguidos da melhoria tradicional de culturas, e também ocorre na natureza. No entanto, mesmo nesse caso, eles exigirão notificação. Penalidades como conteúdo de notificação e notificação podem ser estabelecidas no ano fiscal de 2019. Enquanto que o método de adicionar genes alheios está sujeito à mesma regulamentação dos alimentos geneticamente modificados, exigindo revisão de segurança pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. Os produtos podem ser comercializados depois de passar por avaliação.

A nova regulamentação é aplicada da mesma maneira à produtos domésticos ou importados. Avaliações de segurança individuais serão conduzidas pelo Comitê de Segurança de Alimentos do Departamento de Gabinete, a pedido do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. A decisão final deverá ser divulgada até o final de março de 2019.

Para mais informações, entre em contato com Fusao Tomita pelo ftomita@a-hitbio.com

Europa

Plantas Como Fábricas de Antifúngicos

Pesquisadores do Conselho Espanhol de Pesquisa (CSIC) do Centro de Pesquisa em Genômica Agrícola (CRAG) e do Instituto de Biologia Celular e Molecular Vegetal (IBMCP), em colaboração com a IATA, desenvolveram uma ferramenta biotecnológica para produzir, de uma forma muito eficiente proteínas antifúngicas em plantas. A pesquisa publicada no Plant Biotechnology Journal poderá impactar os setores agroalimentar e farmacêutico.

Maria Coca, uma pesquisadora na CRAG e uma das autoras sênior do estudo, explica que apenas algumas classes de agentes antifúngicos estão disponíveis hoje. Ela acrescenta que estes não são totalmente eficazes devido ao desenvolvimento de resistência, toxicidade do hospedeiro e efeitos colaterais indesejáveis. Muitos desses compostos não podem ser usados porque não estão conformes com as regulamentações. Então existe uma necessidade urgente de desenvolver novos antifúngicos que possam ser aplicados em diversas áreas, inclusive na pós-colheita, preservação em cosméticos, materiais e alimentos, e saúde animal e humana.

Através de engenharia genética, o pesquisador José Antonio Daros da CSIC juntamente com sua equipe modificaram o vírus do mosaico do tabaco (TMV) para que, em vez de produzir suas próprias proteínas patogênicas, produzisse outras proteínas de interesse. A equipe da Dra. Coca então implementou essa ferramenta para produzir proteínas antifúngicas nas folhas de Nicotiana benthamiana e descobriram que essas folhas produziram grandes quantidades desses novos antifúngicos. Os pesquisadores também mostraram que extratos de plantas de N. benthamiana são ativos contra os fungos patogênicos e poderiam proteger tomateiros do fungo Botrytis cinerea, mais conhecido como mofo cinzento.

Para mais detalhes, leia o comunicado de imprensa da CRAG.

Pesquisa

Relatório do WRI diz Que OGMs E Edição de Genes Pode Ajudar o Melhoramento de Cultivos para Aumentar o Rendimento Para Alimentar o Mundo

Um novo relatório, Criando um Futuro Alimentar Sustentável, publicado pelo World Resources Institute (WRI), sugere meios de alimentar um planeta com quase 10 bilhões de pessoas em 2050 quando a demanda por alimentos deve aumentar em mais de 50%, e a procura por produtos de origem animal (carne, laticínios e ovos) provavelmente crescerão quase 70%.

O relatório afirma que o mundo deve impulsionar a produção de alimentos nas terras agrícolas existentes e que os organismos geneticamente modificados (OGMs) e a edição de genes pode ajudar o melhoramento de cultivos para aumentar o rendimento. Segundo o relatório não há evidências que OGMs tenham prejudicado a saúde humana.

O relatório declara que não há uma solução mágica na produção sustentável de suficientes alimentos, mas oferece um menu de cinco pratos diferentes de soluções para garantir a alimentação de todos sem aumentar as emissões, fomentar o desmatamento, ou exacerbando a pobreza. WRI estima que alimentar o mundo sustentavelmente enquanto reduz o uso de terra agrícola e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2050 significará que o mundo:

  1. Reduzindo a demanda através de cortes em perdas e desperdícios de alimentos, e diminuição do consumo carne bovina e ovina, utilizando cultivos para alimentação e ração em vez de biocombustíveis e reduzindo o crescimento da população, alcançando níveis de fertilidade de reposição; 
  2. Aumentando a produtividade agrícola e pecuária para níveis mais altos do que os históricos, mas na mesma área de terra; 
  3. Cessando o desmatamento, restaurando as turfeiras e a terra degradada e vinculando os ganhos de rendimento à proteção das paisagens naturais; 
  4. Melhorando a aquicultura e gerenciando a pesca selvagem de forma mais eficaz; e 
  5. Utilizando tecnologias inovativas e métodos agrícolas que diminuam as emissões de GEE.

O relatório Creating a Sustainable Food Future foi produzido pelo WRI em parceria com o Banco Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e as agências francesas de pesquisa agrícola CIRAD e INRA. Para mais detalhes, leia este artigo de notícias do CIRAD. Faça o download de uma cópia do relatório do WRI.

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