Global

A Declaração Internacional sobre Aplicações Agrícolas de Biotecnologia de Precisão foi divulgada em Genebra pelo Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 26 de outubro de 2018. Durante a reunião nos dias 1 a 2 de novembro, 2018, os membros da OMC discutiram o potencial das técnicas de biotecnologia de precisão para a inovação da agricultura, visando oferecer aos agricultores ao redor do mundo o acesso a ferramentas para aumentar a produtividade enquanto preservam a sustentabilidade ambiental.

A comunicação está sendo divulgada a pedido das delegações da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Paraguai, Estados Unidos da América e Uruguai. Treze países membros (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Jordânia, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos da América e Uruguai) dos quais 10 plantaram cultivos biotecnológicos em 2017, apoiaram a declaração internacional. A iniciativa para redação da declaração iniciou durante o “Seminário sobre Edição de Genomas para reguladores”, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em abril de 2018. O Secretariado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental também apoiou a declaração.

A comunicação da OMC afirma que "as técnicas de biotecnologia de precisão, como um todo, constituem uma ferramenta essencial para a inovação agrícola. Seu uso proporciona aos agricultores acesso a produtos que aumentam a produtividade e preservam a sustentabilidade ambiental".

Os Estados Unidos expressaram forte apoio à declaração internacional por meio do Secretário da Agricultura, Sonny Perdue, que disse que "as biotecnologias de precisão, como a edição do genoma, são uma grande promessa para os agricultores e consumidores em todo o mundo". No Canadá, o Ministro da Agricultura e Agroalimentar, Lawrence MacAulay, está satisfeito por seu país ter aderido ao apoio. O ministro MacAulay disse: "Hoje, estamos enviando uma forte mensagem de que estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros em apoio a abordagens regulatórias transparentes, previsíveis e baseadas na ciência para reduzir possíveis interrupções comerciais e permitir a comercialização de produtos de biotecnologia de precisão".

Para maiores detalhes, leia comunicado de imprensa da OMC . O texto da declaração está sendo atualizado à medida que outros países assinem na página da OMC. O comunicado de imprensa emitido pelos Estados Unidos está disponível na página do Departamento de Estado. O comunicado de imprensa da Agriculture and Agri-food Canada está disponível aqui.

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A Conferência de Biodiversidade da ONU em 2018 começou em 17 de novembro de 2018, em Sharm el-Sheikh, Egito, com um discurso de abertura do Presidente do Egito, H.E. Abdel Fattah Saeed Hussein Khalil el-Sisi.

"O tema da nossa conferência: Investir na Biodiversidade para as Pessoas e Planeta reflete nossa visão coletiva da necessidade de integrar a conservação da biodiversidade a todas as esferas da vida. Isso deve contribuir para preservar os recursos naturais e gerenciá-los de maneira sustentável", disse o presidente Abdel Fattah El Sisi.

Durante a conferência, espera-se que os representantes de 196 partes da Convenção de Biodiversidade renovem o seu compromisso para alcançar as metas globais de biodiversidade para 2020 e definir um roteiro para as negociações sobre o quadro de biodiversidade pós 2010.

A ISAAA e a sua rede de Centros de Informação de Biotecnologia (BIC) estão participando ativamente nesses eventos. A ISAAA fez declarações relacionadas com biotecnologia, particularmente em Considerações Socioeconômicas, Capacitação, Centro de Intercâmbio de Informações para a Segurança Biológica, e Análise e Revisão da Eficácia do Protocolo.

Leia mais sobre as declarações da ISAAA, mensagem do president Abdel Fattah El Sisis's e o comunicado de imprensa sobre o evento da CBD.

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Os economistas Jesse Tack da Universidade Estadual de Kansas da Universidade Estadual do Kansas, e Ariel Ortiz-Bobea, da Cornell University, publicaram um estudo na Environmental Research Letters que analisou o impacto da mudança climática na produção de milho em oito estados do meio-oeste. Eles combinaram 35 anos de dados climáticos com a adoção nos Estados Unidos de milho geneticamente modificado (GE) para descobrir se a incorporação de uma nova tecnologia pode compensar os efeitos de temperaturas mais altas e outros impactos climáticos.

O estudo mostra que tendências de rendimento aumentaram em quase 70% durante o período de rápida adoção em 1996, depois que os produtores de milho dos EUA adotaram essas variedades, com ganhos aproximados de 0,94% ao ano antes de 1996 a 1,6% depois.

O estudo também observou rendimento de milho de 1981 a 2015 em oito estados e 500 municípios. A partir das condições climáticas durante esses mesmos anos, os pesquisadores projetaram linhas de tendências que deram uma melhor idéia de como as características climáticas afetaram os rendimentos antes e depois da adoção do milho GM. Tack observou que o estudo assume uma média de clima durante a estação de crescimento e reconheceu que a tecnologia por si só não é a resposta para aumentar os rendimentos em climas variáveis. Os produtores tendem a ajustar suas estratégias de manejo com base no clima ou em outros fatores.

Para mais detalhes, leia o K-State Research and Extension News.

Américas

O Departamento de Patentes e Marcas Comerciais dos Estados Unidos concedeu a Patente U.S. Número 10,113,167, cobrindo os guias de RNA únicos que em conjunto com a proteína Cas9 são efetivos na localização e edição de genes. Essa combinação de RNA / proteína atua como uma tesoura direcionada com precisão de edição de genes.

O Sistema CRISPR-Cas9 descoberto por Jennifer Doudna, Emmanuelle Charpentier, e suas equipes na Universidade da Califórnia, Berkeley a Universidade de Viena, é uma das tecnologias moleculares fundamentais por trás da revolucionária ferramenta de edição de genes CRISPR-Cas9.

Essa patente e a anterior de número 10,000,772 abrangem composições de CRISPR-Cas9 que são úteis como tesouras para edição de genes em qualquer contexto, inclusive células animais e humanas. A nova patente também envolve composições de proteína / RNA que podem fornecer CRISPR-Cas9 nas células de duas maneiras distintas: como uma ribonucleoproteína totalmente funcional (ou seja, proteína Cas9 complexada com RNA), e com os componentes codificados pelo DNA que são subsequentemente expressos e montados dentro da célula para formar um complexo CRISPR-Cas9 funcional.

Para mais detalhes, leia o Berkeley News.

Ásia e Pacifico

Cientistas no Centro para Ciência de Recursos Sustentáveis ​​RIKEN no Japão descobriram que a proteína NGA1 é crítica para plantas terem respostas normais à desidratação. Nas plantas, a resposta de desidratação é regulada pelo hormônio ácido abscísico (ABA). A reidratação bem-sucedida requer, entre outros fatores, o acúmulo de ABA durante os estágios iniciais da desidratação. Enquanto cientistas sabem como o ABA funciona, eles não sabem muito sobre como inicia o acúmulo de ABA em resposta ao estresse de desidratação. O cientista Hikaru Sato e sua equipe examinaram 1,670 linhas de plantas transgênicas e realizaram uma série de experimentos para resolver esta questão.

A equipe encontrou uma linha de plantas com uma super-expressão de NGA com um domínio repressor quimérico que resultou em níveis reduzidos da enzima NCED3 durante o estresse de desidratação. Isso foi muito promissor porque as plantas necessitam NCED3 para sintetizar o ABA. Eles levantaram a hipótese que NGA era um fator de transcrição que poderia controlar a produção de NCED3, e consequentemente a biossíntese de ABA. Eles também descobriram que existem toda uma família de proteínas NGA, e mostraram que todas ligam a região do gene NCED3 que aciona sua transcripção.

Os pesquisadores criaram plantas transgênicas para cada membro da família NGA e descobriram que proteínas NGA são encontradas naturalmente em diferentes partes das plantas, com diferentes padrões de expressão durante o estresse da desidratação. O momento da expressão de NGA também variou entre diferentes linhas de plantas que significa que nem todas funcionam da mesma maneira durante a seca. Eles descobriram com os mutantes que criaram que depois que as plantas murchassem, os mutantes NGA1 permaneceram secos e não puderam ser revividos por reidratação. Todos os outros mutantes podem ser reidratados.

Para detalhes, leia os resultados da pesquisa publicados no PNAS.

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As Filipinas permanecem como líderes de biotecnologia na Ásia, segundo relatório sobre biotecnologia agrícola do Serviço Exterior de Agricultura do USDA. As Filipinas foi o primeiro país asiático a permitir a plantação de cultivo GM e rumo a desenvolver um marco regulatório para animais transgênicos. Em 2016, o regulamento original de plantas modificadas por engenharia genética (Portaria nº 8 do Departamento de Agricultura) foi alterado para a União Departamental Circular (Department Circular - JDC), que levou ao lento processamento de aplicações de biotecnologia. Segundo o relatório GAIN, cada atraso em aprovações pode afetar o comércio do EUA bem como o status de liderança em biotecnologia do país na região.

A vice-presidente da Câmara, Sharon Garin, pediu a aprovação do Projeto de Lei 7926 ou da Lei de Biotecnologia Moderna de 2018, que promoveu o uso seguro e responsável da biotecnologia moderna e o estabelecimento da Autoridade de Biotecnologia das Filipinas, que servirá como política. corpo em biotecnologia no país.

Leia o relatório GAIN do USDA FAS e o House Bill 7926.

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Em 2017, no oitavo ano de plantio de algodão Bt no Paquistão, o país alcançou 96% de adoção do algodão Bt, ou 3 milhões de hectares da área total nacional plantada com algodão, que era de 3,11 milhões de hectares.

A publicação da Sociedade Internacional de Ciências Agrárias do Sudeste Asiático (International Society for Southeast Asian Agricultural Sciences - ISSAAS) afirma que 725.000 pequenos produtores de algodão se beneficiaram com o plantio do algodão Bt em 2017. O aumento da área de algodão Bt plantada no Paquistão em 2017 foi possível com a introdução de um pacote de apoio para agricultores, incluindo subsídios de fertilizantes, empréstimos com taxas de juros reduzidas e outras medidas introduzidas pelo governo do Paquistão.

O recente relatório do Status Global das Culturas Transgênicas Comercializadas do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agro-biotecnologia (ISAAA) relata que o Paquistão é um dos 24 países que plantaram culturas transgênicas em 2017.

Para saber mais, leia o artigo no Pakistan Today.

Europa

Os principais conselheiros científicos da Comissão Européia pediram que revisem o atual regulamento de transgênicos 2001/18 / EC porque a recente decisão da Corte Européia de Justiça revelou que não está em conformidade com as evidências científicas. "Há uma necessidade de melhorar a legislação dos transgênicos da UE para que seja clara, baseada em evidências, implementável, proporcional e flexível o suficiente para lidar com os avanços futuros na ciência e tecnologia nesta área", disseram eles.

Recomendaram especialmente verificar se o paradigma da "naturalidade" da Diretiva pode ser sustentado, uma vez que as culturas editadas por genes são impossíveis de diferenciar das culturas com mutações naturais. Argumentam que foi demonstrado que "efeitos não intencionais ocorrerão com menos frequência em produtos editados por genes" e que "esses produtos são potencialmente mais seguros do que os produtos de mutagênese aleatória". Para avaliar se novas culturas representam um risco para a saúde humana e o meio ambiente, elas recomendaram "examinar as características dos produtos finais, independentemente da técnica usada para gerar o produto".

Também disseram que não recomendam revisar a Diretiva de OGMs sem consulta pública. Através de um diálogo social, o público seria informado sobre como os alimentos são produzidos na Europa e também estabelecer a mais alta proteção possível à saúde e ao meio ambiente e criar um ambiente regulatório favorável para a inovação científica e tecnológica.

Leia o artigo original da European Biotechnology.