Global

Mais de 100 prêmios Nobel se posicionaram a favor dos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) e inovações biotecnológicas na agricultura ao assinar uma carta solicitando que o Greenpeace cesse e desista da oposição aos OGMs e em especial ao arroz dourado, e para que governos ao redor do mundo rejeitem a campanha do Greenpeace contra o arroz dourado, cultivos e alimentos melhorados através de biotecnologia em geral.

Endereçada aos lideres do Greenpeace, das Nações Unidas, e governos ao redor do mundo, a carta cita que agências científicas e regulatórias em todo o mundo tem repetitivamente e consistentemente constatado que cultivos e alimentos melhorados através de biotecnologia são tão seguros, ou mais, que aqueles derivados de qualquer outro método de produção. Nunca houve nenhum único caso confirmado de impacto negativo a saúde causado a pessoas ou animais devido ao seu consumo.

Num forte apelo para tomada de medidas, a carta invoca para que governos façam todo o possível dentro de sua capacidade para se opor às ações do Greenpeace e acelerar o acesso de agricultores as ferramentas de biologia moderna, principalmente sementes melhoradas por biotecnologia. Os prêmios Nobel concluem a carta perguntando, "Quantas crianças pobres no mundo terão que morrer antes que consideremos isso como um crime contra a humanidade?"

Para ler a carta ou assinar a petição, acesse o website Apoio à Agricultura de Precisão

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O uso de glifosato em cultivos geneticamente modificados tem sido responsabilizado pela resistência aos herbicidas. No entanto, a Sociedade de Ciência de Ervas-Daninhas da América (WSSA - Weed Science Society of America) relata que a resistência aos herbicidas antecede ao uso de cultivos geneticamente modificados em 40 anos. De acordo com o anúncio de imprensa da WSSA, enquanto que 2016 marca o 20^o aniversário de cultivos resistentes ao glifosato, 2017 marcará o 60^o aniversário da primeira erva daninha resistente a herbicida encontrada.

O primeiro caso conhecido de resistência a herbicidas foi relatado em 1957, quando uma commelina (também conhecida como: Trapoeraba, andaca, andacá, andarca, erva-de-santa-luzia) se espalhando pelo Havaí apresentava resistência a uma auxina sintética. No mesmo ano, foi encontrada uma cenoura selvagem em Ontário, Canadá, que era resistente a alguns dos mesmos herbicidas de auxinas sintéticas. Desde então 250 espécies de ervas-daninhas desenvolveram resistência a 160 herbicidas diferentes, que se estendem por 23 dos 26 mecanismos conhecidos de modo de ação, foram encontrados em 86 cultivos em 66 países.

Pesquisa mostra que a resistência de ervas-daninhas se desenvolve quando um único método de gerenciamento é usado repetidamente para a exclusão de outros controles químicos ou culturais, fazendo com que um método diverso e integrado para gerenciamento de ervas-daninhas é a primeira linha de defesa. Muitos produtores têm lutado com sucesso contra a resistência, adotando uma ampla gama de controles.

Para maiores detalhes, leia o comunicado de imprensa no website da WSSA .

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Pesquisadores da Universidade de Purdue investigaram os impactos econômicos e das emissões de gás de efeito de estufa (GEE) de cultivos GM modelando dois cenários contrafactuais e avaliando-os em combinação e em separado. O primeiro cenário explorou os efeitos de uma proibição global de OGMs, enquanto que o segundo modelou o efeito do aumento da penetração de OGMs com focos específicos no preço, bem-estar e as emissões de GEE ligadas às tecnologias GM.

Resultados mostraram que os preços de alimentos podem aumentar de 0.27 a 2.2 por cento, dependendo da região. O total de bem-estar perdido no caso de uma proibição global da tecnologia GM pode somar até 9,75 bilhões de dólares americanos. Além dos efeitos econômicos da perda de importantes características biotecnológicas, efeitos ambientais também podem ocorrer. Uma avaliação ambiental completa não foi realizada, mas possíveis mudanças no uso de terra devido a perda de características OGMs e emissões de GEE foram analisadas. Foi previsto que um aumento significante nas emissões de GEE ocorreria caso a tecnologia OGM fosse proibida.

Uma cópia da publicação pode ser baixada em AgEcon.

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Uma equipe de pesquisadores liderados pela cientista de plantas, Carol Auer, da Universidade de Connecticut (UConn) está estudando as interações Camelina sativa, um novo cultivo GM e o ambiente. Auer e sua equipe estiveram coletando informações sobre a Camelina, uma oleaginosa que nunca foi plantada comercialmente em Connecticut. Camelina tem sido modificada geneticamente para fazer produtos como biocombustíveis, suplementos alimentares, e bioplásticos; e pode se tornar popular entre produtores nos EUA.

O principal objetivo do estudo é entender o fluxo de genes entre plantas individuais dentro da mesma espécie ou entre espécies relacionadas. Fluxo gênico entre plantas depende do movimento de pólen através do vento ou insetos, e os campos da UConn mostraram claramente que a Camelina atrai polinizadores como abelhas produtoras de mel, abelhas nativas e moscas.

Ao longo dos próximos anos, a equipe de pesquisa irá compartir a informação compilada sobre fluxo gênico e a dinâmica de ervas daninhas com agricultores e outros interessados.

Maiores detalhes estão disponíveis na UConn Today.

África

Durante a abertura oficial da 24^a Mostra Nacional de Agricultura e Comércio no dia 14 de julho de 2016, o presidente Yoweri Museveni analisou o motivo que confunde os ugandenses sobre a tecnologia GM, que envolve a transferência de genes de uma planta para outra de valor econômico, para conferir melhores qualidades ao cultivo. Ele acrescentou o pedido ao parlamento para aprovar a Lei Nacional de Biossegurança para permitir que agricultores de Uganda ganhem acesso aos cultivos GM.

O evento que decorreu de 11-17 de Julho de 2016 sob o tema, "Promoção da Gestão Sustentável de Terras Agrícolas para Transformação Agrícola e Criação de Riqueza," estabelece a plataforma para a exibição e identificação de inovações feitas por companhias locais e estrangeiras através de tecnologias melhoradas para uma melhor produção agrícola, marketing, e erradicação da pobreza. O Centro de Informações de Biociências de Uganda (Uganda Biosciences Information Center - UBIC) apresentou várias ferramentas e produtos de pesquisa agrícola e sua relevância entre a cadeia de valor de commodities no país. Durante a semana do evento uns 500 expositores nacionais e internacionais, formuladores de políticas, agricultores, estudantes e público em geral visitaram a tenda de biotecnologia.

Participantes ficaram desapontados ao saber que o ambiente politico atual não permite o uso geral do que viram como variedades de cultivares muito úteis que necessitam desesperadamente para enfrentar os desafios de produção de cultivos. Eles também reconheceram a necessidade de um sistema regulatório para garantir o uso efetivo e sustentável de ferramentas de biotecnologia.

Durante o evento, o presidente lançou uma nova variedade de milho, Tego Seca, uma variedade WEMA convencional que é mais tolerante a longos períodos de seca que a maioria dos híbridos atualmente nos mercados de Uganda. O presidente aplaudiu a Organização Nacional de Pesquisa Agrícola (National Agricultural Research Organization - NARO) pelo trabalho realizado para enfrentar os desafios dos agricultores e seus esforços no sentido de melhorar a qualidade dos produtos agrícolas.

Para maiores detalhes, entre em contato com o coordenador do UBIC ubic.nacrri@gmail.com.

Américas

O senado dos EUA aprovou a lei de rotulagem de alimentos por uma votação de 63 a 30 votos. A lei visa criar um padrão nacional para rotulagem de alimentos contendo produtos biotecnológicos. O projeto de lei, elaborado pelos senadores Pat Roberts e Debbie Stabenow, bloqueariam os estados de emitir leis de rotulagem obrigatória e requerer que os fabricantes de alimentos utilizassem um dos três diferentes rótulos nos produtos: (1) rótulo com o símbolo do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicando a presença de OGMs; (2) etiqueta usando linguagem simples ou (3) adicionando um código de verificação que relaciona aos detalhes dos ingredientes.

"Isto irá proporcionar uma informação justa e objetiva sem estigmatizar alimentos que são completamente seguros”, disse o senador Joe Donnelly, quem votou a favor da aprovação do projeto de lei. “Após meses de discussão, encontramos uma proposta sensata que vai trazer informação correta para as nossas casas e lojas de maneira responsável”, acrescentou.

Para maiores informações, leia o comunicado de imprensa da revista Science.

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O mais recente relatório do Serviço de Pesquisa Econômica (ERS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) afirma que apesar da incerteza sobre a aceitação dos consumidores, os agricultores nos EUA adotaram amplamente os cultivos geneticamente modificados desde a sua introdução em 1996. Soja e algodão foram os cultivos mais adotados nos EUA, seguidos de milho.

A adoção de soja melhorada por engenharia genética alcançou 94 por cento do total cultivado nos EUA em 2016 (soja tem apenas variedades tolerantes a herbicidas). Adoção de todo o algodão modificado por biotecnologia moderna, incluindo tanto a área plantada por tolerante a herbicida como a de resistente a insetos/características de Bt, alcançou 93 por cento de toda a área de algodão nos EUA em 2016. Adoção de todo o milho geneticamente modificado foi de 92 por cento de toda a área plantada de milho em 2016.

Os EUA tem mais hectares plantados com cultivos transgênicos que qualquer outro país no mundo, correspondendo a quase 40% de toda a área global de 179,7 milhões de hectares, só em 2016.

Para maiores informações, leia o recente relatório; “Tendências Recentes na Adoção de culturas geneticamente modificadas no website da USDA ERS.

Ásia e Pacifico

Em decisão unânime, o Supremo Tribunal de Filipinas reverteu, na terça-feira, 26 de julho de 2016, a decisão de dezembro de 2015, que parou temporariamente os testes de campo, propagação, comercialização e importação de organismos geneticamente modificados (OGMs) no país.

Na sessão En Banc, o Tribunal Supremo concedeu nove moções para reconsideração submetidas pelos proponentes da berinjela Bt, e emitiu um novo, descartando no terreno da irrelevância, o pedido de Writ of Continuing Mandamus (Mandato de Segurança) e Writ of Kalikasan (Mandado Judicial de Kalikasan) ação movida pelo Greenpeace do Sudeste Asiático (Filipinas) e Magsasaka at Siyentipiko sa Pagpapaunlad ng Agrikultura (MASIPAG).

O Tribunal Supremo concordou com os peticionários que o caso deveria ter sido julgado em vista da conclusão e encerramento dos testes de campo da berinjela Bt e as validades das licenças de biossegurança em 2012. O Tribunal também declarou que não deveria ter resolvido o caso em seus méritos substantivos por ser questionável, e não deveria ter atuado na questão constitucional se a ordem administrativa 08-2002 do Departamento de Agricultura (DA) era inconstitucional, citando que o assunto foi colateralmente levantado. O Tribunal também declarou que as exceções à irrelevância não estavam presentes e, portanto, o Tribunal de Justiça não deveria, em primeiro lugar, ter decidido o assunto.

Em dezembro de 2015, o Tribunal Supremo não apenas parou com o teste de campo da berinjela Bt, mas parou temporariamente com a aplicação de qualquer teste de campo, em uso confinado, propagação e importação de OGMs; também anulou a DA AO 08-2002, dizendo que o pedido não tinha os requisitos mínimos da portaria 514, que estabelece o Quadro Nacional de Biossegurança.

Para maiores informações sobre agricultura biotecnológica nas Filipinas, visite o SEARCA BiotechnologyInformation Center website.

Europa

Organizações de pesquisas europeias assinaram uma carta aberta pedindo ao Parlamento Europeu que encorajasse a sociedade a respeitar o conselho científico independente e que condenasse ataques físicos aos cientistas. Isso foi uma reação após o incidente na Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) em Parma no dia 7 de junho, quando um pacote contendo material explosivo foi enviado a um cientista que estava prestando aconselhamento científico.

Publicada na página da Organização Europeia para a Investigação em Plantas (EPSO), a carta aberta é direcionada para o Presidente do Parlamento Europeu, com cópia ao vice-presidente bem como o Presidente da Comissão Europeia do Parlamento Europeu e o Comissário de Pesquisas, Ciência e Inovação. Reitera o apoio a pesquisa cientifica independente, e propõe medidas para prevenir ataques contra cientistas e/ ou centros de pesquisas.

A carta que foi assinada por 35 organizações, sociedades e academias de ciência, no dia 1 de julho, afirma que ameaças a cientistas de entidades públicas são ameaças a sociedade que se baseia no seu conselho independente, citando ataques similares nos Estados Unidos, Australásia, Filipinas e América Latina.

Leia a carta aberta e outros detalhes no website da EPSO