Notícia

Global

Impacto global da não plantação de cultivos tolerantes a herbicidas devido a proibição do glifosato

O que acontecerá se cultivos tolerantes à herbicidas não estiverem mais disponíveis devido a uma proibição do glifosato? Essa questão foi respondida por Graham Brookes da PG Economic, e Farzad Taheripour e Wallace Tyner da Universidade de Purdue no artigo de pesquisa publicado na GM Crops and Food.

Segundo a publicação, os impactos iniciais incluem perdas da renda agrícola no valor de US$6.76 bilhões de dólares americanos na produção de soja, milho e canola, e, cerca de 18,6 milhões de toneladas, 3,1 milhões de toneladas e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente. O meio ambiente também seria diretamente afetado, devido ao aumento no uso de outros herbicidas com 8.2 milhões de kg de ingrediente ativo, e um maior coeficiente de impacto ambiental de 12.4%. Ademais, terá um aumento nas emissões de carbono por uso de combustível e redução de sequestramento de carbono pelo solo, como se tivesse adicionando 11.77 milhões de carros nas rodovias.

Outros efeitos no bem-estar global foram previstos usando o modelo equilíbrio geral computacional (CGE - Computable General Equilibrium) GTAP-BIO e descobriram que a maioria dos impactos seriam negativos. A previsão é que os preços mundiais de todos os grãos, oleaginosas e açúcares aumentem. A área utilizada no cultivo também deve aumentar em 762,000 ha, que pode levar a um aumento da deflorestação, e aumento das emissões de dióxido de carbono.

Leia mais no artigo de acesso aberto no GM Crops and Food.

África

O USDA FAS-GAIN relata atualidades em agrobiotecnologia em Moçambique

A Rede Global de Informações Agrícolas do USDA FAS (GAIN - Global Agricultural Information Network) divulgou atualizações sobre a situação da biotecnologia agrícola em Moçambique.

Segundo o relatório, Moçambique plantou o primeiro teste de campo de milho biotecnológico na província de Chókwè District em Gaza em fevereiro de 2017. O teste de campo é parte do programa do Milho Eficiente em Água para a África (WEMA - Water Efficient Maize for Africa). As divulgações dos resultados do ensaio de campo são esperadas em 2018. Esse é o primeiro teste de campo de cultivo biotecnológico após a regulamentação de biossegurança que foi atualizada no final de 2014.

Leia o relatório GAIN do USDA FAS.

Américas

Sociedade de toxicologia: não existe nenhuma evidência verificável de potenciais efeitos adversos para a saúde dos cultivos gm

A Sociedade de Toxicologia (SOT- The Society of Toxicology) uma associação de profissionais com mais de 8200 cientistas do mundo aprovou a liberação de uma nova declaração sobre segurança alimentar e de rações relacionadas aos cultivos modificados por técnicas modernas de biotecnologia. A declaração contém 5 observações fundamentais sobre segurança, equivalência substancial e rotulagem.

A Sociedade afirma que a segurança dos cultivos GM em meio ao debate público sobre potenciais efeitos adversos sobre a saúde humana e animal, afirmando que cada novo evento foi avaliado por autoridades regulatórias e todas as aprovações regulamentárias necessárias foram garantidas antes de sua liberação.

A declaração também menciona que muitos eventos GM alcançaram tremendo êxito comercial nos seguintes 20 anos e que durante esse período, não teve nenhuma evidencia verificável de efeito adverso potencial na saúde.

Para maiores detalhes leia o SOT Issue Statement.


Bióloga de plantas ganha Prêmio de Inovação em Ciências da vida em 2018

A cientista do Salk Institute for Biological Sciences, Joanne Chory, uma das biólogas de plantas de renome mundial, recebeu um Prêmio de Inovação em Ciências da Vida de 2018 em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro na descoberta de como as plantas otimizam o seu crescimento, desenvolvimento, e estrutura celular para transformar energia solar em energia química.

Chory recebeu o prêmio em dinheiro de US$3 milhões de dólares americanos, no dia 3 de dezembro de 2017, no Centro de Pesquisas “NASA Ames Research Center” na Califórnia. O prêmio de prestígio, criado em 2013 pelos luminares do Silicon Valley Sergey Brin e Anne Wojcicki, Mark Zuckerberg e Priscilla Chan, e Yuri e Julia Milner, honra as principais conquistas em ciências da vida, física e matemática.

"Estou realmente honrada em receber esse premio, muito feliz por estar em uma companhia tão distinta e tremendamente gratificada que o estudo das plantas, que é essencial para o desenvolvimento de tudo, desde melhores práticas agrícolas até mitigação do aquecimento global, foi colocado no centro das atenções com esse prêmio ", disse Chory.

Leia mais no comunicado de imprensa do Salk Institute.


Genes de plantas resistentes à seca podem ajudar a desenvolver cultivos eficientes em água

Cientistas do Laboratório Nacional Oak Ridge do Departamento de Energia dos Estados Unidos (ORNL - Oak Ridge National Laboratory) identificaram um conjunto comum de genes que permite que diferentes plantas resistentes à seca sobrevivam em condições semi-áridas. A descoberta pode desempenhar um papel importante na bioengenharia e no desenvolvimento de cultivos de energia que são tolerantes a deficiência de água.

Os cientistas estão estudando uma variedade de plantas resistentes a água para desvendar o mistério do metabolismo do ácido crassulaceano ou a fotossíntese do CAM. A equipe de pesquisa sequenciou o genoma da Kalanchoë fedtschenkoi, um modelo novo para pesquisas de genômica do CAM devido ao seu genoma relativamente pequeno e facilidade de modificação genética. A equipe estudou e comparou os genomas f K. fedtschenkoi, Phalaenopsis equestris (orquídea) e Ananas comosus (abacaxi, ananás) utilizando o supercomputador Titan da ORNL.

Eles identificaram 60 genes que exibiram evolução convergente na espécie CAM, inclusive mudanças convergentes de expressão de genes diurnas e noturnas em 54 genes, além de convergência de sequências proteicas em seis genes. A equipe descobriu que uma nova variação da uma nova variante de fosfoenolpiruvato carboxilase, ou PEP, uma importante enzima responsável na fixação de dióxido de carbono em ácido málico durante a noite, que é que é então convertida de volta ao dióxido de carbono para a fotossíntese durante o dia.

Para mais detalhes sobre este estudo, leia o ORNL News.


Nova técnica para ajudar os melhoradores de plantas a desenvolverem variedades resistentes à seca mais rápido

Cientistas da Canadian Light Source (CLS) se aliaram com pesquisadores da Universidade de Saskatchewan para desenvolver uma nova técnica para examinar a tolerância à seca no trigo. Liderados pelo Chithra Karunakaran e Karen Tanino, a equipe desenvolveu um método simples não destrutivo para avaliar centenas de folhas de trigo em um dia, reduzindo o tempo e custo associado com os programas de melhoramento convencionais para selecionar variedades para resistência a seca. Utilizando a cera da folha sinal como o seu sujeito de teste, a equipe examinou as características morfológicas da planta, bem como as assinaturas químicas, comparando a variedade de trigo Stettler resistente a seca com a Superb, que é mais vulnerável as condições de seca.

Com a ajuda de luz clara produzida no CLS, Karunakaran e o seu time foram os primeiros a conectar micro e macro nutrientes nas folhas com as suas habilidades de tolerar à seca, encontrando níveis aumentados de zinco na Stettler resistente à seca. Esses resultados têm implicações significantes para o futuro de programas de melhoramento, e também apontam questões sobre o papel do zinco como fertilizante.

Para maiores detalhes, leia a CLS News.

Ásia e Pacifico

Cientistas da CSIRO desenvolvem novo tipo de trigo com dez vezes mais fibras

Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu com sucesso um novo tipo de trigo que contem dez vezes mais fibra que o trigo comum, que ajuda a melhorar a saúde do intestino e combater o câncer intestinal e diabetes do tipo 2. A equipe de pesquisa é composta por especialistas da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), Limagrain Céréales Ingrédients, e da Grains Research and Development Corporation.

Os pesquisadores identificaram duas enzimas em particular, que quando reduzidas no trigo, aumentam o conteúdo de amilose. "A partir daí, nós usamos uma abordagem convencional de melhoramento, técnicas não GM, e conseguimos aumentar de cerca 20 ou 30 por cento para um 85% sem precedentes,” disse Dr. Ahmed Regina da CSIRO. "Isto foi suficiente para aumentar o nível de resistência do amido para mais de 20% do total no grão comparado com menos de 1% em um trigo regular.” Até o presente, um número pequeno de agricultores em Idaho, Oregon, e Washington colheram o trigo com alto teor de amilose pela primeira vez.

Leia mais no CSIRO.

Europa

Pesquisadores do Max Planck engendram enzima chave na fotossíntese

Pesquisadores do Instituto Max Planck de Bioquímica conseguiram produzir um RuBisCo vegetal funcional em bactéria, permitindo a engenharia genética da enzima. Rubisco, uma enzima crítica na fotossíntese catalisa o primeiro passo na produção de carboidratos em plantas, a fixação do CO2 da atmosfera. Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Manajit Hayer-Hartl, geraram um Rubisco vegetal funcional em hospedeiro bacteriano com a expressão concomitante de chaperonas de plantas e Rubiscos nas mesmas células. Isto permitiu que os cientistas entendessem a complexa via metabólica do Rubisco, e também modificar o gene do Rubisco para melhorar as suas propriedades. Uma vez que obtiveram a variante de Rubisco com a característica desejada, eles inseriram o gene modificado de volta nas células das plantas, um passo chave para o melhoramento da fotossíntese através da engenharia do Rubisco.

"O sistema de expressão bacterial se assemelha a uma linha de produção de carros. Considerando que previamente, toda variante otimizada de Rubisco tinha que ser expressada meticulosamente na planta transgênica, que leva um ano ou mais para ser gerada – como produzindo um feito a mão – agora podemos fazer centenas ou milhares de variantes de Rubisco em dias ou semanas. É como produzir carros em linha de produção automatizada," explica Dr. Hayer-Hartl.

Para maiores detalhes leia o boletim informativo do Max Planck Institute of Biochemistry

Pesquisa

O gene da aquaporina aumenta o tamanho e a resistência do tomate à seca

Deficiência em agua reduz severamente a o crescimento e produção, e é detrimental para o tamanho e qualidade da fruta. Portanto, eficiência em água se tornou um dos principais objetivos para o melhoramento das maçãs. Aquaporinas controlam o transporte da água através das membranas e podem regular o fluxo da água ao modificar a sua quantidade e atividade. A exploração do mecanismo molecular para a eficiência da agua irá pavimentar o caminho para o desenvolvimento de macieiras tolerantes à seca.

Lin Wang da China Agricultural University, juntamente com uma equipe de pesquisadores, enfocaram num gene de aquaporina induzível de seca da maçã (Malus domestica), MdPIP1;3. A equipe expressou o gene MdPIP1;3 em tomate. Os tomates transgênicos exibiram maior tolerância ao estresse da seca, indicando que a taxa de perda de água nas folhas transgênicas era mais lenta que nos tipos selvagens.

O comprimento e diâmetro das frutas de tomates aumentaram mais rapidamente que nos tipos selvagens. O tamanho final e o peso fresco dos frutos transgênicos também foram maiores que os tipos selvagens. No nível de células, tamanho de células de fruto transgênico também foi maior.

Expressando o MdPIP1;3 aumentou a tolerância à seca dos tomates transgênicos, parcialmente pela redução da perda de água nas folhas. Os tomates transgênicos também eram maiores e mais pesados devido a células maiores e maior eficiência no transporte de água através das membranas.

Para maiores informações sobre esse estudo, leia o artigo no BMC Plant Biology.

Lembretes de Documentos

Além das promessas: fatos sobre biotecnologia em 2016

Uma apresentação visual dos 10 principais destaques sobre cultivos biotecnológicos de 1996 até 2016, baseados no “ISAAA Brief 52: Global Status of Commercialized Biotech/GM Crops: 2016.” (Em inglês).

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