Notícia

Global

Falhas metodológicas encontradas em estudos que relatam efeitos adversos de culturas geneticamente modificadas

Os cientistas Miguel Sanchez da ChileBio e Wayne Parrot da Universidade de Georgia publicaram uma revisão de trabalhos de pesquisa que geralmente são usados ​​como evidência de efeitos negativos de rações e alimentos geneticamente modificados. A revisão deles foi publicada na revista científica Plant Biotechnology jornal.

Um total de 35 artigos foram avaliados. Esses artigos geralmente são citados por críticos de biotecnologia que enfatizam os efeitos adversos dos cultivos geneticamente modificados. Estudos não publicados em revistas científicas bem como relatórios avaliando apenas a imunogenicidade de proteínas puras, em vez de estudos integrais de rações ou alimentos GM, não foram incluídos na avaliação. A maioria dos estudos avaliados (43%) foram sobre os efeitos da soja resistente a herbicida evento 40-3-2. O milho resistente a insetos MON810 foi tratado em 23% enquanto que 9% considerou eventos não comerciais. Sete estudos (20%) não revelaram que cultivo geneticamente modificado foi utilizado, tornando impossível replicar os experimentos. Onze dos 35 estudos foram de autoria do grupo Malatesta na Universidade de Urbino e Verona na Itália.

A avaliação dos artigos de pesquisa mostrou que os estudos foram conduzidos em apenas alguns laboratórios e publicados em revistas menos populares. Falhas metodológicas foram encontradas nos artigos, como omissão de detalhes importantes do experimento e medição real dos resultados, o que invalida as conclusões do estudo.

Leia o artigo de revisão no Plant Biotechnology Journal.


Arroz nutritivo geneticamente modificado para oferecer tres micronutrientes para combater a desnutrição

Um grupo de pesquisadores na ETH de Zurique liderado por Navreet Bhullar e o estudante de doutorado Simrat Pal Singh conseguiram modificar geneticamente uma nova variedade de arroz, que não apenas aumenta os níveis de micronutrientes ferro e zinco nos grãos, mas também produz beta-caroteno, o precursor da vitamina A.

O êxito do grupo foi a engenharia de um cassete de genes contendo quatro genes para a melhoria dos micronutrientes que poderiam ser inseridos no genoma do arroz como único loco genético. Isso permite os níveis de ferro, zinco e beta caroteno aumentarem simultaneamente por cruzamentos de variedades de arroz de diferentes países, ao invés de cruzamentos de variedades de arroz com micronutrientes individuais para alcançar o seu conteúdo melhorado nos grãos.

As novas linhas de arroz com multi-micronutrientes ainda estão sendo testadas nas estufas e os seus conteúdos de micronutrientes sendo analisados. Bullar espera que as novas linhas de arroz possam ser testadas no campo no próximo ano.

Para maiores detalhes leia a notícia na ETH e a publicação científica Scientific Reports.

África

Quênia aprova testes de campo de milho e algodão biotecnológico

A Autoridade Nacional de Biossegurança do Quênia aprovou os pedidos de Ensaios Nacionais de Desempenho (NPTs - National Performance Trials) de milho e algodão biotecnológico, que começarão em outubro de 2017. Isso foi anunciado pelo diretor-gerente da NBA, Willy Tonui, após uma reunião com as partes interessadas, incluindo o Organização de Pesquisa em Agricultura e Pecuária do Quênia (Kenya Agricultural Livestock and Research Organisation - KALRO) e a Fundação Africana de Tecnologia Agrícola (African Agricultural Technology Foundation AATF) que anteriormente receberam licenças para testes de campo, mas foram interrompidas pela Secretária de Saúde Dr. Cleopa Mailu.

"Recentemente, tivemos uma discussão com o Serviço de Inspeção de Saúde Vegetal do Quênia (Kenya Plant Health Inspectorate Service - KEPHIS) e agora quero confirmar que temos as diretrizes necessárias para a liberação de milho biotecnológico para ensaios de campo e não há motivo para que os NPTs não comecem em breve, "Disse o Dr. Tonui. Ele também mencionou que eles já chegaram a um acordo sobre o algodão biotecnológico e que seria lançado na próxima temporada de plantio.

Leia mais no BIO SmartBrief e Business Daily Africa.


A Nigéria deve recorrer a biotecnologia em meio à explosão demográfica

Por volta de 2050, a Nigéria irá ser o terceiro país mais populoso do mundo, de acordo com projeções das Nações Unidas. Atualmente, a Nigéria está em 7o lugar, com cerca de 200 milhões de pessoas.

"Nossa população está expandindo enquanto a nossa produção agrícola é baixa. Nós necessitamos biotecnologia, que irá trazer produção de alimento múltiplas em tempo limitado.” Disse o Prof. Lauwali Abubakar, diretor do Centre for Agricultural and Pastoral Research da universidade de Usmanu Danfodiyo. Biotecnologia mostrou benefícios positivos nos países que a adotaram, principalmente aumentando o rendimento e, portanto, a produção alimentícia.

Com o grande crescimento da população, espera-se que a Nigéria considere o uso de biotecnologia agrícola para lidar com a insegurança alimentar. O país adotou a política de biotecnologia tratada pela Política Nacional de Desenvolvimento de Biotecnologia. As preocupações de segurança são tratadas pela Agência Nacional de Gestão de Biossegurança.

Leia o artigo original no Vanguard.


Atrasos nas aprovações de cultivos biotecnológicos na Africa amplificam a malnutrição

O atraso na comercialização de produtos biotecnológicos na África tem um alto custo, não só economicamente, mas também em termos de saúde e nutrição, de acordo com um estudo publicado na Plos One.

Justus Wesseler da Universidade de Wageningen e outros cientistas desenvolveram um modelo de opção real para ilustrar os efeitos de adiar a aprovação de culturas biotecnológicas com características importantes que abordam preocupações específicas de pequenos agricultores na África. Por exemplo, um ano de atraso na aprovação do feijão-caupí resistente a broca na Nigéria custará ao país aproximadamente de 33 milhões a 46 milhões de dólares americanos, e entre 100 a 3.000 vidas.

Comparado a estudos anteriores que investigaram o custo dos atrasos na comercialização, o estudo de Wesseler evidencia o efeito sobre a desnutrição, que mostrou ser substancial. "Para Quênia, o efeito na malnutrição pode ser ainda maior que o efeito excedente do produtor e do consumidor. Isso ilustra que, nos países onde a desnutrição é importante, o efeito deve ser considerado na análise dos efeitos do bem-estar. Isso ilustra ainda que o efeito sobre a desnutrição das culturas da melhoradas por engenharia genética e outras estratégias de aumento do rendimento merecem atenção, de modo que seus efeitos econômicos e humanitários não são subestimados ", concluiu o estudo.

Leia o artigo de pesquisa revisado por pares em Plos One.

Américas

A CTNBio no Brazil aprova nova soja GM

Durante a reunião da plenária de agosto, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou uma nova variedade de soja-Bt para plantio, consumo humano e animal. Além da resistência a insetos, a soja geneticamente modificada (GM) tem tolerância a três herbicidas: glifosato, glifosinato, e ácido diclorofenoxiacético (2,4-D).

A soja GM foi obtida pelo cruzamento dos eventos DAS-81419-2 e DAS-44406-6, e contém dois genes para resistência a insetos (cry1Ac e cry1F) e três para tolerância a herbicidas (aad-12, 2 mepsps e pat).

A tecnologia pertence a Dow AgroSciences, denominada Conkesta Enlist E3™, e é o primeiro produto liberado pela CTNBio que tem genes para resistência a insetos e tolerância a herbicidas em um único evento. Agora a Dow AgroSciences está trabalhando no registro no junto ao Ministério de Agricultura do Brasil. O mesmo evento já foi liberado na Argentina em 2016.

Para maiores detalhes, leia o artigo (em português) no Boas Práticas Agronômicas.

Ásia e Pacifico

O ministério do ambiente da India deu ênfase da segurança da mostarda GM

O ministério de ambiente da Índia disse a Corte Suprema que a nova mostarda não tem característica de resistência a herbicidas. E também disse que cultivos geneticamente modificados tem uma estória comprovada de uso seguro de mais de 20 anos.

Mostarda GM foi desenvolvida pelo renomado geneticista Deepak Pental (ex-vice-chanceler da Universidade de Delhi) e sua equipe, com o apoio da National Dairy Development Board e do Departamento de Biotecnologia, Dhara Mustard Hybrid. Espera-se que ajude os agricultores a aumentar a produtividade da mostarda que se encontra estagnada há muitos anos. A característica de resistência à herbicida não foi introduzida na variedade. No entanto, críticos de biotecnologia tem feito repetidamente afirmações enganosas de que a mostarda GM é uma cultura tolerante à herbicidas. Por esse motivo o ministério de ambiente divulgou um depoimento juramentado enfatizando que a mostarda não é resistente à herbicidas. E também que os estudos de avaliação de risco mostraram que esse cultivo GM não representa nenhum efeito nocivo para seres humanos ou animais.

“Híbridos de colza/canola (um cultivo parente da mostarda) com a mesma tecnologia tem sido um sucesso no Canadá, EUA, e Austrália... a tecnologia tem uma estória comprovada de uso seguro de mais de 20 anos. Não existe nenhum relatório contatado de efeitos prejudiciais do uso dessa tecnologia” afirmou o ministério do ambiente no seu depoimento.

O Comitê de Avaliação de Engenharia Genética (Genetic Engineering Appraisal Committee - GEAC) o órgão regulador de produtos GM na Índia, recomendou a aprovação comercial para plantação da mostarda GM em 11 de maio de 2017.

Leia mais no Shafaqna e Live Mint.

Europa

Plantas GM prometem abundância em óleos de peixe

Resultados de novos estudos apoiam o cultivo comercial de Camelina sativa, um dos mais antigos cultivos europeus de semente de óleo, geneticamente modificada (GM). Cientistas reproduziram os resultados mostrando que a camelina transgênica pode ser cultivada no campo. Eles adequaram os produtos biossintéticos da semente mais próximo aos marinhos equivalentes, e identificaram o potencial para reservas ainda maiores de óleo nas sementes.

Camelina foi modificada com genes de micróbios marinhos, que podem produzir dois muito procurados ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa poli-insaturado (LC-PUFAs), EPA (ácido eicosapentaenoico) e a cadeia ainda mais longa DHA (ácido docosaexaenoico). EPA e DHA são importantes na luta contra o aumento global de doenças cardiovasculares e desordens metabólicas.

Resultados publicados na revista Nature em Scientific Reports mostram como um segundo ano de testes de campo de camelina em 2015 confirmaram os resultados de como o time conseguiu diminuir o nível de ácidos graxos ômega-6 desnecessários nas sementes transgênicas para parecer mais com a mistura em óleos de peixe marinhos. “Demonstrando que a nossa camelina GM funciona no campo sob condições reais e confirma a promessa do nosso método,” diz Johnathan Napier, líder do Programa Camelina no Rothamsted Research. Para maiores detalhes, leia o Rothamsted Research News.

Além Biotecnologia Agrícola

Pesquisadores Japoneses obtiveram por engenharia genética um veradeiro chrysanthemum azul

Pesquisadores liderados pelo biologista vegetal Naonobu Noda na Organização Nacional de Pesquisa Agrícola e de Alimentos em Tsukuba, Japão, obtiveram o primeiro crisântemo azul verdadeiro do mundo.

Flores realmente azuis são raras na natureza, e ocorrem apenas em espécies especificas como as glórias da manhã e os delphiniums. O azul verdadeiro requer uma química complexa. Antocianinas, as moléculas do pigmento nas pétalas, no caule e frutos consiste de anéis que fazem com que a flor se torne vermelha, púrpura ou azul dependendo de que açúcares ou outros grupos de átomos são anexados. Condições dentro da célula vegetal também são importantes, então simplesmente transplantar uma antocianina de uma flor azul como um delphinium não funcionará realmente.

Noda primeiro inseriu um gene de uma flor campânula de Canterbury azulada no chrysanthemum. O A proteína do gene modificou a antocianina do crisântemo para fazer com que a flor pareça roxa em vez de avermelhada. Para se aproximar de um verdadeiro azul, Noda e sua equipe adicionaram um segundo gene da clitória-azul (Clitoria ternatea). A proteína desse gene adiciona uma molécula de açúcar à antocianina. A equipe de pesquisa planejava adicionar um terceiro gene, mas as flores de crisântemo eram azuis com apenas os dois genes. As análises químicas revelaram que a cor azul era possível em apenas duas etapas porque os crisântemos já tinham um componente incolor que interagia com a antocianina modificada para criar a cor azul.

Para mais detalhes, leia o artigo da revista Science Magazine.


Consumidores canadenses são os primeiros a experimentar o salmão modificado por engenharia genética

Salmão melhorado por engenharia genética finalmente chegou ao prato, depois de uma espera de mais de 25 anos desde a sua primeira aplicação para liberação na Food and Drugs Administration. Segundo o desenvolvedor, AquaBounty Technologies, eles venderam cerca 4.5 toneladas de salmão a partir de 4 de agosto de 2017.

O salmão modificado por engenharia genética é uma variedade que precisa da metade do tempo (apenas 18 meses) para crescer comparado ao seu equivalente não modicado. De acordo ao chefe executivo da AquaBounty's, Ron Stotish, eles venderam o primeiro lote por US$5.30/lb (ou seja USD $11.70/kg). "Eu acredito que a maior parte do mercado está vendo como um salmão mais previsível, e uma fonte mais sustentável de salmão,” acrescentou Stotish, "foi bem positivo e encorajador para nós".

Leia o comunicado de imprensa da Nature.

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Eventos

Plant Genome Evolution 2017
1 - 3 de Outubro de 2017
Sitges, Espanha

3rd International Conference on Genetic and Protein Engineering
8 - 9 de Novembro de 2017
Las Vegas, USA

Lembretes de Documentos

Pocket K No. 54

Novo resumo informativo, Pocket K No. 54, sobre Inovação no melhoramento em plantas: CRISPR-Cas9 (em inglês) http://www.isaaa.org/resources/publications/pocketk/54/default.asp

Versões atualizadas dos Pocket Ks (resumos informativos) agora estão disponíveis para download http://www.isaaa.org/kc/cropbiotechupdate/article/default.asp?ID=15715

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