Global

Espera-se que os cultivos GM dominarão o mercado global da agricultura biotenológica em 2017-2024. Segundo o último relatório de pesquisa e mercados intitulado "Mercado de Biotecnologia Agrícola Global - Tecnologias, Quota de Mercado e Previsão da Indústria para 2024" lançado em maio 2018.

O crescimento previsto no mercado de biotecnologia da agricultura mundial durante o período de 2017-2024 é atribuído ao aumento da demanda global de alimentos causada pelo rápido crescimento das populações mundiais. Uma vez que a biotecnologia agrícola está focada no uso de métodos para avançar a agricultura e sua produção, então é esperado que contribua para suprir a demanda mundial de alimentos.

O relatório também prevê que a América do Norte domine o mercado durante o período. Espera-se que o Pacífico Asiático registe o crescimento mais rápido.

Leia mais sobre o relatório no Research and Markets.

África

Os ensaios de campo com variedades de girassol de alto rendimento e resistente às pragas na Tanzânia mostraram resultados promissores. O estabelecimento de longo prazo pelo Fundo de Desenvolvimento de Mercados Agrícolas visa abordar os desafios da produção e comercialização de girassol. O desenvolvimento bem-sucedido de melhores variedades do girassol levaria a melhor fornecimento de óleo de girassol, que é livre de colesterol.

Foram realizados testes em nove das 12 regiões onde o programa girassol está sendo implementado. Estas regiões incluem Iringa, Njombe, Songwe, Rukwa, Singida, Shinyanga, Manyara, Lindie Mtwara. Os ensaios foram conduzidos fora da estação normal do girassol e estavam nos pantanais ou nas áreas onde a irrigação foi conduzida.

Agricultores que testaram as sementes híbridas do girassol expressaram sua apreciação para os benefícios que obtiveram. Bernard Lema De Mtinko Vila no distrito de Singida, disse que sua produção aumentou significativamente. "Eu costumo colher seis sacos de girassol em um acre. Nos testes, eu comprei quatro quilos de sementes para semear em um acre. Depois de seguir recomendações especializadas, como o espaçamento adequado, o uso de fertilizantes necessários, capina e observando o tempo de colheita adequada, eu colhi 16 sacos em um acre.”

Para mais detalhes, leia o artigo da All Africa.

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A Autoridade Ambiental da Suazilândia (Swaziland Environment Authority - SEA) concedeu duas aprovações históricas para a importação de sementes de algodão Bt e a liberação ambiental do cultivo tornando o Reino da eSwatini o último país africano a adoptar algodão Bt De acordo com a lei de biossegurança, o SEA concedeu ao Conselho de Algodão da Suazilândia (Swaziland Cotton Board - SCB) a importação de 3.000 kg de sementes de algodão GM para o lançamento comercial. O Conselho irá importar sementes da JK Agri-Genetics Limited, uma empresa de sementes na Índia.

A autoridade afirmou que a aprovação está sujeita a licenças de exportação e de trânsito, que devem ser procuradas pelo requerente ou pelo fornecedor. "O requerente e o transportador devem assumir total responsabilidade pela carga em trânsito, e deve estar ciente das medidas de resposta de emergência de remessas de OGM, " parte do aviso de aprovação. O SEA também exige que o Conselho de algodão cumpra os requisitos de transporte transportador, tal como dito no artigo 7º do Protocolo de Cartagena do procedimento por consentimento.

Sobre a liberação ambiental, o SEA revela: "de acordo com a lei de biossegurança, de 2012 e seus regulamentos, a aprovação é concedida à Swaziland Cotton Board para introduzir intencionalmente o algodão geneticamente modificado que possui o gene Bacillus thuringeinsis para cultivo na Suazilândia." As aprovações foram assinadas pelo diretor executivo interino da autoridade, Ismael Ndwandwe.

Em novembro de 2016, a SEA acordou com a SCB para realizar ensaios de campo confinados para a safra GM. A indústria do algodão tem sido uma das principais indústrias da economia da Suazilândia. Entretanto, a produção foi diminuindo devido ao ataque do inseto, principalmente a lagarta do algodão.

Para mais informações sobre isso, contate a Swaziland Cotton Board na ceosec@cottonboard.co.sz.

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As mulheres em biociências permanecem sub-representadas nos níveis de liderança e tomada de decisão, limitando a contribuição da pesquisa científica para o desenvolvimento nacional. Uma nova plataforma - the African Women for Biosciences (AWfB), lançada em 10 de maio de 2018 em Nairobi pretende abordar alguns dos desafios enfrentados pelas mulheres em biociências. O evento fez parte das celebrações da 7a. Semana da Nacional de Ciências sob a Comissão Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (National Commission for Science, Technology and Innovation - NACOSTI).

A secretária do gabinete de assuntos de juventude e gênero do serviço público do Quênia, Profa. Margaret Kobia, oficializou o lançamento e expressou seu otimismo sobre a rede dizendo que irá fornecer uma plataforma única para compartilhar experiências e aprendizagem crítica na investigação científica e inovações. "Esta é uma iniciativa muito bem-vinda e servirá para congratular o esforço do governo no empoderamento das mulheres, especialmente para as muitas mulheres marginalizadas que vivem em áreas rurais, que na realidade suportam o maior fardo de subdesenvolvimento", disse ela.

Durante o lançamento, o presidente do painel de alto nível da União Africana/NEPAD sobre tecnologias emergentes, Prof. Aldo Kene Gassama, disse que a plataforma oferece uma oportunidade para as mulheres cientistas moldarem o futuro. "Investir na educação, especialmente os grupos vulneráveis, é uma forma eficaz de alcançar uma transformação sustentável na nossa sociedade", observou a Profa. Gassama. Ela desafiou as mulheres queniana para criar bio-empresas start-ups dizendo que esta é uma das estratégias mais poderosas para reduzir o desemprego de mulheres e jovens.

AWfB é uma rede de mulheres com interesse e paixão em ciência, tecnologia e inovação (CTI). Visa desempenhar um papel significativo no fortalecimento da capacidade das mulheres africanas se engajarem em biociências e no diálogo político para a subsistência sustentável. A rede, iniciada em abril de 2017, é uma criação da ISAAA AfriCentro. Dr. Margaret Karembu, presidente do comitê do Quênia, revelou que a nova equipe apoiará os esforços do governo para a implementação do Plano de Ação The Big Four. "Esta é uma plataforma para as mulheres envolverem o público em questões de biociência e advogarem pelo investimento em inovações que promovam empresas de base biológica para meios de subsistência sustentáveis", explicou. Ela também pediu aos homens para apoiarem a rede para ajudar preencher a lacuna na igualdade de gênero e garantir que as mulheres realizem seus sonhos.

A sociedade está aberta a organizações corporativas e afiliadas que apoiem a igualdade de gênero através do ISAAA AfriCenter website. Para saber mais sobre a AWfB baixe o folheto ou contacte a Dra. Margaret Karembu no mkarembu@isaaa.org.

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Os governos dos países africanos devem assumir a liderança tanto na concepção como no financiamento das práticas agrícolas inteligentes para o clima. Isto é segundo um artigo escrito pelo Dr. Esther Ngumbi, pesquisador do Instituto de Aspen nos EUA.

No início deste ano, o Banco Mundial lançou uma das suas maiores iniciativas de agricultura inteligente para abordar as alterações climáticas visando apoiar mais de 25 milhões pequenos agricultores em Maharashtra, na Índia. O projeto deverá levar ao desenvolvimento sustentável da produtividade agrícola, tratar da escassez de água, à saúde do solo e melhorar a resiliência do agricultor na adaptação às mudanças climáticas. Mudanças climáticas afetam muitos países ao redor do mundo, com consequências de secas recorrentes, secas prolongadas, inundações, aumento de infestações de pragas, e surgimento de novos problemas, como a como a lagarta-do-cartucho na África. Os pequenos agricultores são os mais afetados por esses problemas, e muitos deles dependem da agricultura como sua principal fonte de renda. Isso mostra que mais iniciativas de práticas agrícolas inteligentes para enfrentar as consequências das alterações climáticas precisam ser desenvolvias e apoiadas em muitos dos países impactados, incluindo países no continente africano.

Dr. Ngumbi salienta que os governos africanos precisam identificar as práticas adequadas e apropriadas adaptadas para os seus países e avançar com planos adicionais sobre a forma como estas práticas serão desenvolvidas nos respectivos países. Dr. Ngumbi recomenda também que a iniciativa deve ser inclusiva, onde os agricultores africanos e outros beneficiários devem ser consultados e envolvidos na definição e escolha das práticas apropriadas. Os centros de demonstração ou nas explorações de base devem também ser estabelecidos para que os agricultores possam aprender e ver as práticas efetivas.

Leia o artigo em All Africa.

Américas

O departamento de agricultura dos EUA (USDA) convida o público a comentar sobre a regra proposta para estabelecer o padrão nacional de divulgação de alimentos melhorados por bioengenharia encomendado pelo Congresso em 2016. O padrão proporcionará uma maneira uniforme de oferecer divulgação significativa para os consumidores que querem mais informações sobre seus alimentos e evitar um sistema de patchwork de rótulos do estado ou privado. Isso poderia ser confuso para os consumidores e provavelmente iria impulsionar os custos dos alimentos.

A lei-padrão nacional de divulgação de alimentos com bioengenharia foi promulgada pelo Congresso em 29 de julho de 2016. O Secretário da agricultura Sonny Perdue disse: "esta regulamentação apresenta várias formas possíveis de determinar quais os alimentos serão cobertos pela regra final, a aparência e o que a divulgação vai incluir." Ele acrescentou que eles estão à procura da contribuição do público em uma série de decisões-chave antes que uma regra final seja emitida ao longo deste ano.

O USDA propôs uma variedade de etiquetas contendo a abreviatura “BE” para "bioengenharia", bem como ícones de rosto e sol sorridente. As empresas podem optar por usar códigos QR também.

A regra proposta está aberta para comentário durante 60 dias, e vai terminar em 3 de julho de 2018. Devido à linha de tempo mandatada pelo congresso para esta regulamentação, o período de comentários não será estendido.

Para obter mais informações, e para obter detalhes sobre a apresentação de comentários, leia o Comunicado de imprensa do USDA. A regra proposta pode ser visualizada no May 3 Federal Register.

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Ensaios de campo de linhagens de arroz múltiplas que tem características de Eficiência do Uso de Nitrogênio (Nitrogen Use Efficiency - NUE), eficiência do uso da água, e tolerância a salinidade mostram aumento significativo nos rendimentos em até 50 por cento em comparação com o controle sob várias pressões abióticas. As linhas de arroz com traços empilhados triplos foram desenvolvidas pela Arcadia Biosciences e os ensaios de campo foram conduzidos por peritos do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), no Projeto do Arroz NEWEST com o uso de nitrogênio eficiente, uso de água eficiente e tolerante ao sal, coordenado pela Fundação Africana de Tecnologia Agrícola, e patrocinado pela Iniciativa Alimente o Futuro da USAID.

Com limitação de aplicações de nitrogênio, as linhas de arroz com características empilhadas triplas superaram o controle em média por 25%, com a linhagem principal rendendo até 33% a mais. As mesmas linhagens produziram uma média de 40% a mais do que os controles quando em condições limitantes de nitrogênio e seca no campo, com a linhagem principal com um rendimento maior em 50%.

Baseado nos testes de campo precedentes conduzidos em Califórnia por Arcadia, empilhando as três características no arroz tem o potencial contribuir para a segurança alimentar. Os últimos dados dos ensaios de campo conduzidos pela CIAT mostram que pode haver efeitos sinérgicos entre características que protegem as culturas contra as pressões abióticas.

Para mais detalhes, leia o comunicado de notícias Arcadia.

Ásia e Pacifico

Especialistas em biotecnologia nas Filipinas visam avançar a biotecnologia moderna no país para entre outros benefícios ajudar a , mitigar os efeitos da mudanças climáticas, reduzir a fome e a pobreza. Com este objetivo, um projeto de lei intitulado "Um ato de apoio à biotecnologia moderna para o desenvolvimento rural sustentável na República das Filipinas e apropriação de seus fundos" está sendo desenvolvido pela Coalizão de Modernização da Agricultura na Filipinas (Coalition of Agriculture Modernization in the Philippines - CAMP), juntamente com outras organizações afins.

Em 25 de abril de 2018, o projeto de lei foi discutido em um seminário sobre Inovações em Melhoramento Plantas organizado pela Academia Nacional de Ciência e Tecnologia (National Academy of Science and Technology - NAST) em Manila.

Presidente do CAMP, Dr. Benigno Peczon, disse que o conteúdo do projeto de lei proposto inclui a criação de um órgão chamado Autoridade em Biotecnologia das Filipinas, que irá liderar as iniciativas de biotecnologia moderna no país. O projeto de lei está programado para ser apresentado à Câmara dos deputados em maio de 2018.

"Temos que passar isso logo porque a pobreza neste país é um grande problema, e estamos caindo atrás de nossos países vizinhos. Esta é uma tecnologia tão útil, mas estamos amarrando a nós mesmos por causa de uma decisão do Supremo Tribunal. Nosso processo regulatório é muito lento", salientou o Dr. Peczon.

Funcionários do International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA) exprimiram o seu apoio à proposta. "Assim, é um pacote que fornece o impulso do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, porta a exigência preventiva que suporta um uso seguro e responsável da tecnologia," disse o Dr. Randy Hautea, coordenador global da ISAAA. A dra. Rhodora Aldemita, Diretora do ISAAA Global Knowledge Center em biotecnologia disse que o projeto de lei iria promover a pesquisa e o desenvolvimento em biotecnologia, incentivar e educar os cientistas, em especial na área de agro-biotecnologia.

Para obter mais informações, leia o artigo original no Business Mirror.

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O Comitê de Avaliação de Engenharia Genética da Índia (Genetic Engineering Appraisal Committee - GEAC) sob o Ministério do Meio Ambiente e Floresta (Union Ministry of Environment and Forest - MoEF) requisitou outra rodada de testes de campo em diferentes locais com a mostarda desenvolvida pela Universidade de Delhi.

Durante a sua reunião em 21 de março, o GEAC pediu a Universidade de Delhi para conduzir testes de campo em uma área de 5 acres em duas a três localidades diferentes. Isto é para obter dados adicionais sobre o efeito da mostarda GE em abelhas e outros polinizadores, bem como mel e diversidade microbiana. GEAC também pediu aos cientistas que vão conduzir os ensaios para apresentar detalhes do protocolo a ser aprovado pelo Comitê antes da avaliação.

Para mais detalhes, leia os artigos de notícias do Genetic Literacy Project e Deccan Herald.

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Em 24 de maio de 2018, a Agência Norte-Americana dos Medicamentos e da Alimentação (Food and Drug Administration - FDA) divulgou uma declaração sobre o arroz dourado GR2E, um arroz melhorado por engenharia para produzir carotenóides provitamina A. A declaração do FDA dos EUA concorda com a avaliação do Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz (IRRI) sobre a segurança e nutrição do arroz dourado.

A aprovação do FDA é a terceira avaliação positiva da segurança alimentar do arroz dourado. Após as aprovações concedidas pelas autoridades regulamentadoras da Austrália e Nova Zelândia (Food Standards Australia New Zealand – FSANZ) e o Serviço de Saúde do Canadá (Health Canada) em fevereiro e março de 2018, respectivamente.

"Cada aplicação regulatória que o arroz dourado finaliza com as agências reguladoras nacionais nos leva a um passo mais próximo de trazer o arroz de dourado para as pessoas que mais precisam dele", diz Matthew Morell, diretor geral do IRRI. Ele acrescentou que as normas rigorosas de segurança observadas pelo FDA dos EUA e outras agências fornecem um modelo de tomada de decisão em todos os países que desejem colher os benefícios do arroz dourado.

Para mais detalhes, leia o comunicado de imprensa do IRRI.

Europa

Cientistas da Universidade Wageningen & Research (WUR) publicaram uma nova análise dos resultados da pesquisa publicados em fevereiro deste ano. A referida pesquisa, conduzida em colaboração com outros institutos, concluiu que, após 13 anos de cultivo orgânico, a agricultura biológica era quase tão produtiva como a agricultura convencional e com menos lixiviação de nitratos nas águas subterrâneas.

No entanto, outros cientistas da WUR identificaram inconsistências na publicação sobre a abordagem da pesquisa e a interpretação dos resultados, e decidiram reanalisar a situação e os resultados. As culturas cultivadas foram inconsistentes ao longo dos 13 anos: os primeiros anos envolveram mais beterrabas açucareiras, enquanto os anos mais tarde verificou mais milho. Isto fêz parecer que o rendimento das colheitas orgânicas aumentou na média, embora este não fosse o caso para cada cultivo.

Numa comparação entre os sistemas nos últimos anos (2011-2016), que consideraram as mesmas culturas anualmente, a diferença entre agricultura orgânica e convencional era uma constante de 20%. Esta percentagem está de acordo com todas as meta-análises recentes, que analisaram a diferença entre a agricultura orgânica e a convencional baseada num grande número de estudos.

A análise mais aprofundada mostrou que o solo dos campos de ensaio orgânicos na investigação Vredepeel tinha propriedades diferentes do que o solo dos campos não-orgânicos (diferentes níveis de água subterrânea e, originalmente, um maior teor de matéria orgânica do solo), que pode ter reduzido a lixiviação de nitrato.

Para mais detalhes, leia o artigo da Wageningen University & Research.